Enviada em: 13/02/2019

No final dos anos 70 uma doença fatal assolou o mundo: a síndrome da imunodeficiência adquirida. Causadora de grande temor, permaneceu por muitos anos sem um tratamento eficiente. Felizmente, os avanços da medicina possibilitaram a prevenção e o tratamento da enfermidade, no entanto, o número de casos no Brasil, ignorando uma tendência mundial, voltou a subir, devido não só à falta de educação sexual, mas também por conta do descaso com o uso da camisinha. Dessa maneira, é necessário que subterfúgios possam ser encontrados para que a problemática possa ser solucionada.     A priori, vale ressaltar que falar de educação sexual ainda permanece como um dos grandes tabus de nossa sociedade. A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, sobretudo aos mais jovens, informando sobre como ter um relacionamento sexual seguro, se proteger contra uma gravidez indesejada e também como se prevenir de dst's, entre elas a AIDS. Entretanto, o conservadorismo ainda impõe obstáculos para que o assunto seja discutido abertamente nas escolas, até mesmo dentro das famílias, deixando o jovem muitas vezes excluso do conhecimento necessário. Por esse motivo, adolescentes ficam à mercê de conhecimentos adquiridos nas rodas de amigos, e, com isso, se tornam cada vez mais suscetíveis a receber e repassar doenças, como a AIDS.     Outrossim, convém salientar uma péssima cultura que se instaurou no Brasil: a de não usar camisinha, mesmo sabendo das possíveis consequências. Tal prática, provavelmente tem a mesma raiz na do reaparecimento de doenças dantes erradicadas, como a varíola e a poliomelite, na qual as pessoas deixaram de se vacinar devido à sensação de segurança que tinham, não sentindo mais a necessidade de se proteger. De maneira análoga, o vírus do HIV volta a se espalhar devido à segurança que as pessoas sentem, seja por ser uma epidemia mais controlada do que há 30 anos, seja pelo fato de existirem coquetéis que dão ao aidético uma considerável expectativa de vida. Por essa razão, o não-uso da camisinha se tornou um grande risco para a volta de uma grande epidemia.     É evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para garantir que o número de novos casos da doença volte a decrescer. Urge, então, que o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Saúde, promova campanhas em colégios de ensino fundamental, médio e superior, alertando que a AIDS é um problema real e atual, com o uso de depoimentos de jovens que contraíram o vírus do HIV, com demonstrações sobre a maneira correta de utilizar a camisinha, bem como da importância do sexo protegido. Destarte, a educação sexual será efetivamente ensinada aos jovens brasileiros, e a tendência, evidentemente, é que o número de novos casos reduza exponencialmente.