Juventude cega A Sífilis, doença sexualmente transmissível, foi detectada pela primeira vez na Europa Medieval, e hoje volta como forma de epidemia na Terra do Ibirapiranga. Tal realidade é reflexo do aumento de DSTs entre os jovens brasileiros, resultado da cultura de imprudência e da negligência às informações. Com efeito, não é razoável, que mesmo objetivando ser Estado desenvolvido,ainda seja presente no país o contágio de doenças sexuais. Em primeiro plano, o sexo casual e desprotegido tornou-se uma prática comum no Brasil. Nesse sentindo, a natureza descuidada de parcela dos jovens tem raízes no Movimento Contracultura, em meados do século XX, cuja postura da sexualidade livre e imprudente se manifestava como forma de protesto. Esse comportamento perpetua na contemporaneidade e não é orientada pela instituições sociais, a exemplo da família e escola. Dessa forma, enquanto tais raízes não forem cortadas, o país será obrigado a conviver diariamente com um dos maiores problemas de saúde: as DSTs. De outro plano, cresce cada vez mais uma onda de jovens cegos às informações sobre prevenção e cuidado. Sob esse viés, o escritor português José Saramago, em sua obra "Ensaio sobra a cegueira", utiliza a falta de visão como metáfora à alienação dos indivíduos frente aos problemas sociais e morais de um grupo. Portanto, o descaso em relação a própria saúde é o principal vetor da transmissão de vírus e bactérias, visto que muitos dos jovens não sabem que estão infectados e acabam infectando seus parceiros sexuais. Impende, pois, que sociedade e instituições públicas caminhem juntos para minimizar as epidemias de DSTs que assolam o país.Sendo assim, a família, através de conversas, deve sempre orientar os adolescentes sobre a iniciação na vida sexual e os cuidados a serem tomados. Outrossim, influentes digitais, a partir de seus discursos voltados para o público jovem podem trazer a tona assuntos envolvendo a sexualidade, incentivando assim a reflexão crítica acerca dos efeitos advindos do sexo imprudente. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover caravanas que realizem exames e testes que detectem DSTs de forma rápida e prática, e posteriormente a disponibilização de remédios e vacinas. Só assim, o Brasil poder-se-á afastar da Europa Medieval.