Enviada em: 10/03/2019

Em uma sociedade tal como a brasileira onde o sexo educacional é cultuado como tabu, o aumento no número de infectados por doenças sexualmente transmissíveis, principalmente entre jovens, é de se esperar. O excesso de informações que esta faixa etária está exposta, infelizmente não vem acompanhado da reflexão necessária ao tratar de assuntos como relação sexual. Além disso, existe uma falha na maneira em que se é discutido e quando se é abordado o assunto. Com isso, a discussão sobre tais doenças se torna vital.       Em uma primeira análise, a causa do aumento significativo de infectados seja por AIDS ou por qualquer outra DST, está enraizada na cultura brasileira. O sexo é sim tratado em novelas, músicas e propagandas nacionais, porém com uma tendência de entreterimento, marginalizando o viés realmente importante, o educacional. É justamente neste rumo em que seria ensinado e disseminado a relevância do uso de preservativos durante o ato sexual para previnir a contaminação de DSTs.          Em uma segunda análise, é perceptível que a abordagem de doenças sexualmente transmissíveis só se faz durante algumas épocas do ano como o carnaval e feriados nacionais. Uma propaganda realizada pelo Departamento Municipal de Saúde e a Vigilância Epidemiológica de Porto Ferreira diz: "No carnaval, divirta-se com precaução. Tenha sempre camisinha na mão", o que levanta o questionamento do que por quê  o enfoque apenas nessa época do ano, se nas outras não se é nem divulgado.       Diante do exposto, torna-se evidente que o aumento de DSTs entre jovens brasileiros precisa ser contido. Por isso cabe a aqueles que estão mais próximos dessa faixa etária como pais/responsáveis e escolas/universidades a iniciar constantes debates através de palestras sobre doenças sexualmente transmissíveis e suas consequências, afim de virar uma pauta no cotidiano dos jovens. Dessa forma, se espera que o uso de preservativos aumente e o números de infectados diminua.