Enviada em: 05/03/2019

Diálogo fechado       Com o surgimento da pílula anticoncepcional, em 1960, a camisinha deixou de ser o meio mais eficaz para se evitar uma gravidez indesejada e muitas pessoas a deixaram de lado. Entretanto, o uso de preservativos serve também para evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e o seu desuso levou ao crescimento dessas. A desinformação dos jovens quanto a seriedade dessas infecções e a realização de sexo desprotegido traz consequências tanto individuais, quanto sociais.      O preconceito contra portadores de DSTs ainda é algo muito presente na sociedade, causando danos psicológicos nas vítimas. Fato que pode ser observado no filme Filadélfia, em que o protagonista é portador do vírus HIV e quando sua doença é descoberta, ele é demitido e sofre com a discriminação de seus colegas. Na sociedade atual, esse julgamento do outro ainda se faz presente, porém, mais disfarçado. Conversar sobre o sexo e suas consequências ainda é um 'tabu' no Brasil, a falta de discussão sobre o tema faz com que os jovens não tenham informações confiáveis e com que guardem suas dúvidas para si.       Além disso, em doenças com a sífilis, devido a tratamentos não realizados corretamente, as bactérias mais resistentes tem sofrido um processo de seleção natural, o que fortalece a doença e torna-a mais difícil de tratar. Sendo consequência de sua banalização, atingindo toda a população. Ademais, o aumento dessas infecções causa também um aumento na demanda do sistema de saúde público, que precisa estar equipado com remédios caros e que nem sempre consegue atender toda a população.       Dessa forma, é evidente que a falta de debates acerca das DSTs é a grande causadora da falta de conhecimento por parte dos jovens. Para que essa situação mude é preciso que o Ministério da Saúde ,em parceria com Ministério da Educação, contratem professores que abordem a educação sexual em todas as escolas, a fim de que os jovens sejam bem esclarecidos quanto as suas dúvidas e consigam se prevenir. Também é necessário que as famílias conversem com os adolescentes, em suas casas, sobre o sexo e os seu perigos, com o propósito de que esse assunto deixe de ser um 'tabu' e possa ser tratado em sua totalidade.