Enviada em: 04/07/2019

Durante o século XX, no Brasil e no mundo, doenças sexualmente transmissíveis começaram a ser debatidas mais frequentemente, devido a casos de artistas famosos que começaram a contraí-las, com enfoque para a AIDS, causada pelo vírus HIV. No entanto, na época, por falta de conhecimento do assunto, muitos fãs passaram a "glamourizar" a doença, até que celebridades, como Cazuza e Renato Russo, no Brasil, falecessem. Entretanto, hodiernamente, devido à falta de educação e discussão do tema, em consequência a um tabu imposto pela sociedade, pessoas todos os dias contraem doenças do gênero, exigindo, urgentemente, da intervenção de instituições formadoras de opinião.  Em primeira instância, é válido ressaltar que, segundo o Ministério da Saúde, existem hoje cerca de 800 mil aidéticos no país. O número assustador é fruto da restrição que famílias e escolas impõem ao assunto "sexo". Muitas vezes como forma de proteção, responsáveis negligenciam a temática, que é um ato quase inevitável na vida dos jovens, que, se educados sobre, provavelmente preocupariam-se em relação ao uso de preservativos e melhor conhecimento sobre seus parceiros sexuais, evitando, além de DSTs, resultados não esperados, como a gravidez precoce. Ainda acerca desse cenário, é importante ressaltar a existência de programas de televisão, contas em redes sociais e canais no youtube, como o da sexóloga Cátia Damasceno, que tratam sobre o tema de forma adequada e educativa, servindo como bases didáticas para adolescentes.  Em segunda instância, é indubitável que o preconceito instaurado nas pessoas é um dos mais graves problemas acerca dessas doenças. Tal fato se prova com o fato de que 20% das mulheres com mais de 16 anos nunca foram ao ginecologista, segundo o site O Globo, evidenciando que, pelo costume de não naturalizar a abordagem sobre a vida sexual e problemas relacionados, muitos indivíduos abrem mão de consultas médicas e recursos terapêuticos. Consequentemente, pela falta de cuidados profissionais, pessoas portadoras de outras DSTs curáveis, a fito de exemplo, sífilis e gonorreia, abrem espaço para a maturação da condição e futuras complicações que podem dificultar a intervenção.  Desse modo, é evidente a necessidade de atuação do Governo Federal, em parceria ao Órgão Mundial de Saúde da ONU, a OMS -que já trata a AIDS como um caso epidêmico-, por meio do Ministério da Educação, de implantação de projetos de educação sexual para alunos que entram na adolescência, através de palestras e debates que também incluam os responsáveis, a fim de conscientizá-los sobre conversas a respeito do assunto, que podem, inclusive, serem complementadas em casa. Tal medida, além de preparar os jovens para uma futura vida adulta, tem o importante papel de quebrar o tabu sobre tratamentos e consultas íntimas, minimizando o número de casos não tratados.