Enviada em: 12/03/2019

Sífilis, gonorreia, herpes, aids. São algumas das consequências, conhecidas como DST's - doenças sexualmente transmitidas -, oriundas da falta de cuidados nas relações sexuais, e que veem se destacando, em diversas faixas etárias, no presente cenário brasileiro. Ademais, os jovens configuram-se como os maiores responsáveis por esse aumento, levando-se em consideração o comportamento nos mesmos frente à banalização dos malefícios de um sexo sem proteção. Por consequência, a longo prazo, esses problemas se evidenciarão em postos de saúde que sofrerão superlotação, justificado pelo aumento da busca por tratamento para essas doenças.   Primeiramente, é indubitável que os adolescentes sejam o público alvo de campanhas educacionais acerca da importância da proteção sexual. Isso se justifica pelo fato dos mesmos banalizarem os riscos e consequências trazidas pela ausência da camisinha, a qual, muitas vezes, é deixada de lado por ser considerada substituível pela pílula do dia seguinte. Além disso, de acordo com a Pcap, um centro de pesquisas e atitudes da população, cerca de 60% dos jovens praticaram sexo sem camisinha no ano de 2015, evidenciando a ineficácia das propagandas que circulam atualmente, por não possuírem um apelo voltado à linguagem e estilo de vida pertencentes aos jovens. Dificultando, assim, o objetivo de se evitar o aumento dessas doenças em jovens despreocupados, que buscam aproveitar a vida e ignorar os riscos desse desprendimento com sua saúde.   Como resultado, depois do agravamento de doenças e até de infecções trazidas pela imprudência sexual, diversos centros de ajuda recebem e acolhem vítimas de preconceitos, por se tratarem de portadores de males, os quais ainda são considerados tabus hoje em dia. Verbal, físico, exclusivo. Diversas são as manifestações dessas práticas prejudicais socialmente, e que são praticadas por pessoas sem o consentimento do sofrimento e das dificuldades do outrem. A somar-se com isso, postos de saúde são sobrecarregados por cidadãos jovens que buscam, em seu direito, tratamentos. Causando uma piora no quadro social e médico, por aumentar o número de pacientes que ocupam leitos de pessoas mais necessitadas e casos mais urgentes.   Dessa maneira, segundo o economista Arthur Lewis, a educação nunca será despesa, mas sim, um investimento com retorno garantindo. Nesse viés, é de relevância que o Ministério da Educação, juntamente com formadores de opinião jovem, aumente as propagandas a respeito da importância da segurança sexual. Isso seria alcançado por meio de uma mudança na linguagem dos comerciais e informações, voltando-se ao público jovem, e facilitando o entendimento de suas mensagens. Espera-se, com isso, que o retorno desse investimento seja alcançado, garantindo uma melhora no cenário.