Enviada em: 19/03/2019

No livro "A ciência a caminho da roça", da Editora Fiocruz, há um mapeamento dos aspectos, principalmente, médico-sanitários do Brasil no início do século XX, revelando a crescente ocorrência de "doenças tropicais", como a Ancilostomose. Já atualmente, através das infindas notícias nas mídias sociais, pode-se apontar como uma questão de extrema urgência o aumento de jovens infectados por doenças sexualmente transmissíveis no território nacional, o que é um problema no que tange não só à saúde pública, mas também ao preconceito.  Contudo, tal problema, no Brasil, tem cara, sobretudo a Aids: a população negra, pobre, jovem, feminina e homossexual. Desta forma, cabe ressaltar que a desinformação é uma causa visceral do aumento de portadores não só desta moléstia, mas também da sífilis, HPV e gonorreia. Falta nas escolas e famílias recursos para a conscientização sexual, como palestras, disciplinas e diálogo.  Além disso, a ausência de políticas públicas eficientes faz com que muitas pessoas não saibam que têm alguma DST, ou ainda, sintam vergonha de procurar ajuda ao ser diagnosticada com alguma delas. Para driblar este estigma, o Brasil foi o primeiro país da América Latina a distribuir pelo SUS a PrEP - profilaxia pré-exposição. Entretanto, esta nova forma de prevenção ao HIV sofre com a implementação incompleta e preconceito, fatores que limitam seu acesso.  Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse. É preciso que haja nas escolas palestras ministradas por médicos e infectologistas, direcionadas pelos Ministérios da Saúde e Educação, com verba destinada pela Receita Federal, a fim de levar educação sexual aos jovens, e buscando quebrar o "tabu do sexo" criado nas famílias. Ademais, é preciso que campanhas sejam feitas pela OMS e divulgadas por fundações como a Oswaldo Cruz, para que haja menos preconceito quanto à prevenção e ao tratamento das DST's. Apenas assim haverá um mapeamento de um país menos adoecido.