Enviada em: 24/03/2019

“O importante não é viver, mas viver bem.” Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, no Brasil, essa não é uma realidade para os indivíduos jovens, que são os mais afetados pelas DST’s, doenças sexualmente transmissíveis. Com isso, ao invés de tentar aproximar a realidade descrita por Platão da vivenciada por estes indivíduos, a família desses e a escola acabam contribuindo para a situação atual.  O sexo sempre foi tabu na sociedade, principalmente dentro da família, entre pais e filhos. Tal assunto era considerado embaraçador e até mesmo obsceno, por isso, grande parte dos adolescentes não receberam instruções para ter uma vida sexual segura e saudável. Essa repressão por parte dos responsáveis ocasionou o cenário em que jovens têm relações inconsequentes, sem preservativo e muitas vezes com desconhecidos infectados, de modo a aumentar o número de casos de DST’s ininterruptamente. No que diz respeito ao aumento dos casos de DST’s entre os jovens brasileiros, pode-se citar a escola como o segundo agente colaborador dessa situação. É dever da escola proporcionar a educação sexual às crianças e adolescentes, a fim de ensinar aos jovens como se proteger de doenças sexualmente transmissíveis, da gravidez indesejada e até mesmo a denunciar abusos sexuais. Entretanto, isso não ocorre no Brasil e o resultado dessa problemática é representado pelos dados: 43,4% dos jovens entre 15 a 24 anos não se protegem durante a relação sexual e 21,6% acha que existe cura para a Aids, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2013.  Tendo em vista os argumentos supracitados, é necessário que família e escola tomem medidas para acabar com a problemática no Brasil. Por isso, faz-se necessário que a mídia abra espaço para que médicos e psicólogos falem abertamente sobre o tema, de modo a instruir os pais a conscientizar os adolescentes sobre os perigos das DST's e sua prevenção. Outrossim, espera-se que o Ministério da Educação torne obrigatória a inserção de palestras sobre educação sexual nas escolas, públicas e privadas, desde as séries primárias. Assim, o número de infectados com doenças sexualmente transmissíveis poderá cessar no país.