Enviada em: 01/06/2019

As DSTs acompanham a história da humanidade, acometem pessoas de todas as classes, sexos, religiões. No tempo da Grécia Antiga foram chamadas de doenças venéreas como referência a Vênus, a deusa do amor. Infelizmente esses males venceram o tempo, e atualmente ainda há entraves que justificam o aumento de DSTs entre os jovens brasileiros. Nessa continuidade, pode-se ressaltar que não só a banalização dos males, como também o pouco uso da camisinha comprova esse índice.      Mormente, leva-se a crer que a população em geral diminuiu a preocupação contra males que se aproveitam do sexo desprotegido. De acordo com o ginecologista, e também presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Mauro Romero diz que para alguns profissionais da área, a promiscuidade é a principal causa dessas doenças. Porém, ele garante que contrair DSTs, independe de faixa etária, classe social ou opção sexual, ou seja qualquer pessoa sexualmente ativa basta praticar sexo inseguro. Desta forma, as pessoas só previnem aquilo que, de fato conhecem, situação que faz as DSTs parecerem coisas do passado. Consequentemente, os jovens de hoje não têm medo da aids porque não viram ninguém morrer do problema. Por isso, não dão a devida importância para essas doenças.      Sob essa perspectiva, é notável o pouco uso do preservativos, alegações como "reduz o prazer", "difícil de colocar", "prejudica a ereção", "não ter sempre a mão", são as principais justificativas. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde diz que em torno de dez milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de uma DST, como lesões, verrugas e corrimentos nos órgãos genitais. Neste contexto, quatro em cada dez brasileiros de 18 a 29 anos ouvidos na pesquisa "Juventude, comportamento e DSTs/Aids", admitiram não ter usado preservativo na sua última relação sexual. Assim sendo, percebe-se que uma parcela de doentes sequer sabe que tem uma DST. Esse aspecto faz com que a pessoa infectada transmita o vírus ou bactérias para outras, que conservam-se no mesmo diagnóstico, acarretando numa progressão geométrica.      É evidente, portanto, que ainda há dificuldades para garantir a solidificação de políticas públicas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Saúde, por meio dos hospitais e postos de saúde, deve promover campanhas sobre educação sexual, onde profissionais da saúde como médicos, enfermeiros e agentes de saúde orientam não só jovens, como toda população sobre DSTs, métodos contraceptivos entre outros assuntos, a fim de reduzir os índices de DSTs nos indivíduos. Além disso, é necessário que as pessoas reflitam um pouco mais sobre os riscos de uma relação sexual sem segurança, levando em consideração mais a sua saúde e qualidade de vida.