Enviada em: 15/05/2019

No final da década de 1980, o cenário mundial enfrentou a epidemia de AIDS, que levou a morte, no Brasil, cantores como Cazuza e Renato Russo. Embora tratamentos para doenças sexualmente transmissíveis tenham sido desenvolvidos, em busca da possibilidade de aumento da qualidade de vida dos pacientes, os casos de contaminações sexuais tem aumentado e contrariado as expectativas de melhora nesse âmbito, uma vez que a negligência para com a educação sexual e a falta de preocupação com o contágio pelos jovens brasileiros se tornaram fatores que podem levar ao atraso na evolução médica, e gerar graves problemas de saúde pública no país.    Nesse contexto, é possível analisar que o escasso estímulo da sociedade no entendimento do corpo e das atividades sexuais geram o crescente número de patologias gerados pelo contato sexual. Trazido pela colonização portuguesa ao Brasil, a religião cristã católica era embasada em crenças que ensinavam que o corpo deveria ser ignorado e o sexo limitado ao casamento em prol da salvação divina. Desse modo, a mentalidade contemporânea acerca da impureza corporal, leva grande parte da população a censurar uma educação sexual, a qual ensine a classe juvenil a se prevenir e entender como ocorrem os contágios de DST'S, podendo se tornar, assim, uma das causas que contribuem para o aumento dessas contaminações.    Além disso, a falta de preocupação da sociedade com os meios de preservação durante as relações sexuais pode ser fator que corrobora para o aumento de doenças sexualmente transmissíveis entre os mais novos no Brasil. Ainda que a revolução nos meios de comunicação tenha possibilitado uma maior circulação de informações sobre a importância do uso da camisinha, a tendência dos jovens é de não se interessarem em conhecer os modos de prevenção, ou por não terem tido contato com as doenças ou por acreditarem que isso nunca os atingirá. Por isso, o sexo de maneira desprotegida tem sido visto como algo normal pela esfera juvenil atual, ignorando os riscos dessa prática.    Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para evitar o aumento contínuo das DST'S no Brasil. É imprescindível a atuação das escolas, como precursoras de conhecimento, no ensino da educação sexual, do corpo e do sexo de maneira protegida, por meio de palestras com médicos e enfermeiros, que visem educar crianças e adolescentes, os quais iniciam uma vida sexual ativa desde cedo, para que eles utilizem preservativos e entendam como as doenças são transmitidas sem o uso deles. Dessa maneira, a morte por essas causas podem ser limitadas a uma época em que não havia um conhecimento amplo sobre as doenças que assolaram outras décadas.