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Enviada em: 20/05/2019

Na Antiguidade Clássica, gregos acreditavam que as DST's eram um ônus sentenciado pela deusa Vênus - originando a expressão "Doenças Venérias". Atualmente, essas enfermidades possuem causa e prevenção conhecidas. Entretanto, a conjuntura hodierna mostra-se contraproducente, visto que apesar dos avanços científicos e informacionais, o aumento de casos de DST's entre os jovens brasileiros é alarmante. Nesse ínterim, percebe-se a ineficiência estatal, no que tange à promoção de medidas profiláticas, aliada à banalização do uso da camisinha como principais fomentadores da problemática.         A priori, é incontrovertível que a negligência estatal esteja entre as razões do problema. Nesse contexto, o filósofo contratualista, Thomas Hobbes, defende que é dever do Estado assegurar os direitos básicos aos indivíduos,  com o propósito de construir uma sociedade justa e harmônica. Observa-se, no entanto, um rompimento nessa harmonia, haja vista que as poucas campanhas realizadas pelo governo restringem-se a curtos períodos do ano - como o Carnaval - e não atingem o público-alvo de maneira efetiva.       Outrossim, é imperativo pontuar a ascendente banalização do uso da camisinha em detrimento de diversos fatores, tais como o desenvolvimento e fácil acesso às pílulas anticoncepcionais, que causa a falsa sensação de segurança, além do Tabu social a respeito de sexo, que leva muitos jovens a buscar informações em fontes inseguras na internet. Assim, parte desse grupo não se protege devidamente, são acometidos por essas mazelas e ficam suscetíveis a sofrer consequências, como o preconceito social.       Depreende-se, portanto, a necessidade de medidas para mitigar esse impasse. Dessa forma, cabe ao Ministério da Saúde promover campanhas informativas, ao longo do ano, a respeito da importância do uso de preservativos, por meio de mídias sociais - com a presença de formadores de opinião desse público -  a fim de que os índices de DST's sejam atenuados. Ademais, faz-se necessário que ONG's em parcerias com escolas realizem práticas pedagógicas de cunho educacional, para desconstruir as principais lendas acerca da sexualidade. Destarte, será possível minorar os mitos que, com suas peculiaridades, perpassam as civilizações.