Enviada em: 24/07/2017

O amargo crescimento das estatísticas   Acredita-se que as doenças sexualmente transmissíveis tenham surgido desde as primeiras relações sexuais, quando ainda eram desconhecidos os riscos das relações sem proteções. A gonorreia, por exemplo, é citada no Antigo Testamento bíblico e a Sífilis existe nos países tropicais há séculos, sendo introduzida no Brasil com a chegada das caravelas portuguesas em 1500. Após décadas de controle nas infecções, o número de casos dessas doenças cresce assustadoramente, colocando em risco jovens, adultos e até idosos.    Atualmente, observa-se o crescente número de contaminados com doenças transmitidas em relações sexuais, principalmente em regiões com menores acessos a informações via internet, rádio e televisão, como o norte do país. Os números registrados por pesquisas independentes de hospitais e consultórios brasileiros registra um crescimento de quase 90% nos casos gerais nessas áreas, além de mais de 103% nos casos de transmissão congênita, em que a mãe contamina o bebê por meio da placenta. Isso ocorre principalmente porque os preservativos estão sendo deixados de lado durante o sexo.    Outro fator existente é o grande aumento nos casos de contaminação de idosos, que mesmo tendo uma atividade sexual prolongada até quase 90 anos, não dão valor às camisinhas e acabam entrando pra estatística. Além disso, pesquisas feitas pelo Ministério da Saúde apontam que a maior ocorrência dos casos dessas doenças ocorre entre jovens de 14 a 20 anos, demonstrando uma despreocupação com a saúde desde novos. Esses dados ocorrem em contrapartida com a divulgação das informações acerca das doenças e do uso de preservativos, que, segundo o Governo Federal, aumentou.    Mesmo assim, as medidas atuais parecem não surtir efeito a curto prazo e é necessário o investimento de alternativas que contribuam não só para o controle de uma doença, mas de todo o arsenal de bactérias, vírus e protozoários que podem ocasionar tanto patologias curáveis, como a sífilis, a tricomoníase e a clamídia, quanto doenças mais graves, podendo ser tratadas por meio de coquetéis de remédios, mas que ainda não possuem cura, a exemplo da AIDS.      Em face a essa realidade, deve-se encontrar caminhos que possam auxiliar no controle dessas doenças infecciosas. Assim, é de extrema importância o trabalho do Ministério da Saúde na distribuição de preservativos em mais locais do que atualmente e explicar por meio de palestras e apresentações públicas a importância de seus uso. Além disso, as escolas devem trabalhar com as crianças desde cedo o risco dessas doenças com projetos lúdicos que incitem conhecimento, assim como a mídia deve investir em comerciais e programas que abordem o tema de forma simples e completa.