Se há algumas décadas atrás doenças como a AIDS carregavam um estigma negativo, por conta do grande número de casos ligados a homossexuais, hoje em dia essa visão foi desconstruída; e a idéia da alta mortalidade ligada a ela, também foi desmascarada. Mas se por uma lado certos tabus foram vencidos, por outro, há o risco da banalização das DSTs, de modo que muitos jovens estão deixando de se conscientizarem por uma falsa impressão de que hoje em dia tudo pode ser contornado. No começo dos anos 80, houve uma verdadeira epidemia de AIDS no Brasil, e por ser um vírus relativamente novo, não havia formas eficientes de combate à doença. O resultado, infelizmente, foi um alto número de mortes causados pelo HIV. Essa alteração não passou despercebida pela mídia, que passava a noticiar casos envolvendo diversos tipos de celebridades. Naquela época as pessoas entraram em choque, e passaram a se prevenir movidas por uma grande medo. Essa situação se prolongou até a medicina encontrar novos meios para conviver com a doença e estender consideravelmente a vida dos portadores. Dessa forma, com o passar dos anos, a mortalidade diminuiu e a mídia passou a querer alterar a imagem negativa dos diagnosticados com o HIV, por estarem sofrendo um grande preconceito dentro da sociedade. Assim, campanhas mostravam que pessoas com AIDS podiam viver normalmente, se atentas aos sinais da doença e administrando corretamente coquetéis. Essa nova política passou a criar uma nova idéia em cima da AIDS nas gerações mais novas, de modo que os jovens estão deixando de se proteger por conta dessa concepção suavizada. O que deve ser feito é voltar a conscientizar a população, principalmente os jovens, de que essas doenças ainda acarretam sérios riscos de vida, e que no caso do HIV, não há cura. E isso pode começar dentro da escola, pois por mais que adolescentes tenham acesso a qualquer tipo de informação, é necessário que alguém os instrua corretamente, pois sozinhos correm o risco de darem mentiras por verdade.