A relação sexual é, do ponto de vista biológico, um fator crucial para o sucesso adaptativo da espécie humana. No entanto, a copulação, sem a devida segurança, tem causado, hoje, no Brasil, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis. Tal fato tem como gênese a exacerbada busca, do ser humano contemporâneo, pelo prazer e a pressão social em função da sexualidade. Primeiramente, é válido analisar o comportamento sexual da sociedade hodierna. O sociólogo Zygmunt Bauman, ao desenvolver o conceito de modernidade líquida, constatou que dentre outras características, o ser humano atual tende a ser mais hedonista. Essa pode ser notada em parte da população, haja vista que alguns brasileiros relacionam-se com mais de um parceiro ao mesmo tempo, além de, em muitos casos, negligenciarem o uso dos preservativos em função de maior prazer. Ademais, observa-se a intensa pressão social sofrida, pelos jovens, em relação às suas vidas sexuais. Além do prazer, o sexo pode, muitas vezes, no Brasil, proporcionar aceitação social. Por essa razão, muitas pessoas tendem a sofrer o fato social, processo visualizado pelo sociólogo Émile Durkheim, no qual o indivíduo é coercitivamente induzido, por um grupo ou uma sociedade, a tomar atitudes que o afirmem naquele ambiente. Com isso, depreende-se que o aumento de infectados por DSTs, no Brasil, deve-se a problemas comportamentais. Portanto, a mídia deve levar à população dados que mostrem o aumento desse problema, além de incentivar que a população previna-se. O Ministério da Educação necessita levar, às escolas, palestras e debates a respeito do assunto, para que o sexo seja feito de forma saudável e a cultura hedonista seja amenizada, além de dar, aos alunos que ainda não relacionaram-se sexualmente, senso crítico nas suas escolhas, para que sofram menos com influências externas. Por último, o Ministério da Saúde deve intensificar a distribuição de preservativos à população, em praças públicas, hospitais e escolas. Assim, a sociedade poderá mitigar esse empecilho.