Enviada em: 02/08/2017

Durante a década de 1980, o Brasil enfrentou um surto de infecções por Aids, a qual foi a causa da morte de dois ícones da música, Cazuza e Renato Russo. Diante disso, a precaução dos brasileiros em evitar essa dentre outras DSTs foi efetiva, levando ao controle dos casos nesse período. Contudo, recentemente, houve um aumento significativo de pessoas contraindo essas patologias no país. Essa situação preocupante se deve à banalização da gravidades dessas doenças, como também devido a difusão de preconceitos. Logo, é importante que medidas ocorram a fim de conter essa problemática.        Em primeiro lugar, deve-se considerar que 21,6% dos jovens acreditam que há cura para a Aids, segundo dados dos site Uol. Esse pensamento preocupante demonstra uma justificativa de grande parte dos indivíduos que possuem relações sexuais sem o uso de preservativos e por isso ficam vulneráveis ao contágio de DSTs. Isso ocorre, por causa dos avanços médicos no tratamento e cura de algumas patologias sexualmente transmissíveis, como a Sífilis, o que leva muitas pessoas a banalizarem a gravidade dessas doenças e o uso de camisinha, por exemplo. Além disso, outra causa disso é o temor dos infectados buscarem um diagnóstico, como do HIV, devido ao preconceito, o qual brasileiros infectados sofrem da sociedade e de suas possíveis segregações. Um exemplo que ilustra essa realidade é cerca de 23% dos entrevistados em uma pesquisa do Ministério da Saúde, afirmarem que não comprariam alimentos em locais que tivessem funcionários portadores dessas patologias.        Em segundo lugar, observam-se as consequências do aumento de infecções por DSTs. Um desses danos resulta de um sobrecarregamento do sistema de saúde brasileiro com casos médicos que poderiam ser evitados com medidas de prevenção simples pelos cidadãos, como o uso de camisinha nas relações sexuais. Essa situação é ilustrada pelo fato de a quantidade de portadores da bactéria da Sífilis ser 3200% maior, no estado de Salvador, do que o ideal segundo a Organização Pan-Americana de Saúde. Somado a isso ocorre também a possibilidade de haver a interrupção da vida das pessoas que adquirem essas doenças, caso elas não iniciem o tratamento para impedir o avanço dessas patologias. Tal realidade ocorre, por exemplo, com o vírus da Aids que caso avance pode comprometer a imunidade, enfraquecendo-a e colocando em risco a saúde desses indivíduos.         Portanto, é importante que o Ministério da Saúde em parceria com a mídia realiza propagandas de conscientização da população, com a participação médicos, sobre o risco à saúde das DSTs e a importância de prevenção.  Ademais é preciso que psicólogos realizem palestras em praças pública para a comunidade, sobre a necessidade de respeitar os indivíduos portadores de DSTs, porque essa atitude contribui para a busca por tratamento por essas pessoas e, consequente, controle dos casos.