Enviada em: 25/08/2017

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou que todos os avanços alcançados nas últimas décadas no combate das DSTs estão em risco, uma vez que tais enfermidades voltaram a registrar crescimento em várias regiões do mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa de infectados por HIV aumentou alarmantes 100% de 2005 para 2015, o que denota a urgência de se debater acerca do crescimento de infectados por DSTs no país.      A partir dos anos 1980, em razão da alta mortalidade dos enfermos infectados pelo vírus HIV, houve uma crescente abertura social para se falar de sexualidade. Todavia, os dados atuais indicam que o tema necessita ser retomado de forma intensa e responsável, pois, conforme publicação do portal de notícias Uol, 21,6% dos jovens brasileiros entre 15 e 24 anos acreditam que existe cura para a AIDS e 43,4% deles não se protegeu durante o sexo casual. A desinformação, portanto, opera papel importante na escalada de propagação das DSTs, embora se esteja vivendo no momento histórico com maior disponibilidade de conhecimento.         Ademais, o uso de preservativos, método de barreira e o mais eficaz na prevenção, conta com uma adesão baixa das pessoas na atualidade: menos de 40% o utiliza nas relações sexuais, de acordo com o Ministério da Saúde. Especialistas da área especulam que os  grandes avanços científicos da contemporaneidade estimularam a crença de que não se corre mais tanto risco de contrair essas doenças, bem como, caso se adoeça, de que os prejuízos para a saúde serão facilmente contornados.        Logo, o Ministério da Saúde, através dos serviços de atenção primária, voltados para a prevenção e intervenção precoce, como o ACS (Agente Comunitário de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) deve, durante as visitas domiciliares, fornecer informações atualizadas sobre as DSTs, com cartilhas simples e objetivas, além de oferecer preservativos e testes rápidos para que o controle epidemiológico seja mais eficaz.