Enviada em: 09/09/2017

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil vem registrando, nos últimos anos, um aumento no número de casos de infectados por DSTs( Doenças sexualmente transmissíveis) como a AIDS, Sífilis e gonorreia. Esse cenário mostra a necessidade do debate sobre o assunto, em busca de suas causas, buscando combater esse mal, já que, além de afetar a vida do próprio indivíduo, ainda se constitui como problema de saúde pública.      A princípio, vale considerar que esse aumento nos casos se deu, principalmente, entre os jovens e está associado à uma falta de prevenção. A maneira mais eficaz de evitar o contágio dessas doenças é a utilização de camisinhas na hora do ato sexual. Dados divulgados em 2016 apontaram que menos de 40%  jovens fizeram uso de preservativo na relação, o que deixa claro a despreocupação em relação à prevenção.      Essa despreocupação, por sua vez, pode estar associada à falsa ideia de que o contágio nunca acontecerá com eles e que as DSTs são possíveis de serem tratadas. O grande "tabu" e a falta de conhecimento sobre as DSTs, principalmente a AIDS, faz com que muitos infectados tenham receio e vergonha de assumirem suas condições de saúde, guardando a informação apenas para si. Além disso, os números sobre os casos da doença nem sempre são acessados pela população. O conjunto desses fatores leva os jovens a acreditarem que esta é uma realidade distante e que não são alvos possíveis. Outrossim, muitos também acreditam que  as DSTs são de fácil tratamento,o que diminui sua gravidade . Essa crença se difundiu depois que os coquitéis anti-HIV foram desenvolvidos e obtiveram sucesso, porém, a cura da AIDS ainda está longe de ser alcançada.         Diante do exposto, percebe-se a importância de buscar soluções para evitar um crescimento ainda maior  nos números alarmantes. Para isso, e tomando a máxima " prevenir é melhor que remediar" como verdadeira, é necessário uma ação conjunta entre mídia e governo, por meio de propagandas e campanhas publicitárias, respectivamente, para explicar a população a importância da prevenção pelo uso de preservativos. Esses, por sua vez, podem passar a ser distribuídos em lugares mais diversificados e não só em postos de saúde, como são atualmente. As escolas podem ainda ensinar, na disciplina de biologia, os efeitos e a gravidade das DSTs para a saúde, contribuindo assim, para aumentar a preocupação dos jovens com a prevenção.