Enviada em: 14/09/2017

Jogada de Risco Na égide da medicina moderna, do tratamento em aprimoramento e eficaz para inúmeras doenças, o século XXI desfruta de uma sensação de segurança e muitas vezes negligência com a saúde individual. Não obstante na história estão os anos 80, a geração que descobriu e viveu os efeitos avassaladores do HIV e viram muitos de seus partirem, Cazuza, por exemplo. Em 2016, há curas e pesquisas  em andamento para inúmeras doenças sexualmente transmissíveis, mas esse fato não anula a necessidade de cuidado e o reflexo dessa negligência com o avanço da sífilis no Brasil.   Os preservativos, mesmo com a distribuição em massa, ainda carecem de responsabilidade individual para serem usados.  O descuido dessa medida, seja pela confiança na medicina clínica ou pela irresponsabilidade, parecem esquecer os anos oitenta e a história traumática da AIDS pelo mundo. Seja a voz de Cazuza que silenciou ou os inúmeros que sobreviveram, todos sofreram com mitos, tratamentos ineficazes e determinado preconceito.    As DST's mostram em sua expansão, dois comportamentos humanos: o primeiro da irresponsabilidade ao negligenciar os cuidados com a saúde sexual e o segundo é a zona de conforto ao negligenciar a saúde sexual em prol da confiança no tratamento ou no desconhecimento da ação dessas doenças no organismo. O Brasil volta sua medicina no tratamento ao doente, portanto, assim é em maioria, com o sexo: trata-se a enfermidade sexual, mas não se conhece o mecanismo de ação e muitas vezes nem como o uso correto do preservativo as evita.    Irresponsabilidade e excesso de confiança fazem o quadro de expansão das DST's preocupante. Nesse âmbito, investir na divulgação e na distribuição de preservativos e no conhecimento das DST'S é o melhor caminho, uma ação coordenada de escolas, Ministério Público, Secretárias de Saúde e famílias pelo Brasil se faz benéfica.