Enviada em: 22/09/2017

Após 107 anos da luta pela erradicação das doenças tropicais das reformas urbanísticas de 1909 e por seu destaque entre as principais potências econômicas mundiais, o Brasil ainda vivencia obstáculos na área da saúde, como a persistência das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Verifica-se, atualmente, o aumento do número de infectados por doenças como a AIDS e a sífilis. Dentre as diversas causas, estão a falta de informação e o comportamento sexual.        Ao longos dos últimos anos, houve o aumento progressivo dos índices das DSTs no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Apesar do passado histórico que desvela as consequências desse evento, as doenças continuam em voga no país. Nesse sentido, é inegável a influência do nível informacional no combate à questão. A comunicação direta, a despeito da grande melhora nos últimos anos, está longe de ser ideal, principalmente com os públicos mais vulneráveis: os jovens e os homossexuais. Dessa maneira, a restrição das campanhas de preservação ao período de carnaval; a falta de diálogo no contexto escolar, devido a estigmatização do tema; a ineficiência da circulação de campanhas nas regiões interioranas são entraves para reversão desse quadro.              Além disso, o comportamento sexual é outro fator que agrava a situação. No presente contexto brasileiro, o advento da tecnologia e das redes sociais proporcionou uma maior interação entre os jovens. Assim, o número de parceiros sexuais aumentou e, conforme dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira, 43% dos jovens, não se protegem durante o sexo casual. Verifica-se, dentre esse público, a falsa sensação de que a AIDS está controlada e a banalização do tratamento, além da não consideração de outras doenças graves, como a sífilis, a gonorreia e a herpes genital. Ainda assim, muitos jovens temem mais a gravidez indesejada à uma doença sexualmente transmissível, o que leva a maior utilização de anticoncepcionais e a menor utilização de preservativo.        Diante do exposto, faz-se necessária a adoção de medidas para a mitigação do problema. Assim, o Governo Federal e o Ministério da Saúde devem investir em campanhas publicitárias criativas durante todo o ano e em todo o território nacional com a distribuição de cartilhas em pontos estratégicos, propagandas na TV aberta e a inserção do conteúdo nas plataformas digitais como o Youtube, que informem a população a respeito dos riscos das doenças e das formas de prevenção. Além disso, deve ser criada, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, uma disciplina que trate a Educação Sexual, desde o ensino fundamental, com uma ementa que discuta as DSTs, as consequências e suas formas de prevenção. Dessa maneira, serão formados cidadãos informados que contribuam para a reversão do atual panorama brasileiro.