Enviada em: 26/09/2017

No Brasil, casos de doenças sexualmente transmissíveis estão se tornando novamente recorrentes apesar dos esforços difundidos para a sua erradicação. No entanto, o público-alvo se diferencia em comparação a décadas passadas; atualmente concentra-se significativamente nos jovens. Nesse sentido, está atrelado a esse aumento a negligência por parte desta coletividade, bem como as falhas nas políticas de prevenção.     Primeiramente, é relevante considerar que a manifestação das diversas doenças sexuais em meio aos jovens ocorre pelo descaso de muitos em relação à proteção e ao pouco conhecimento dos mesmos sobre o assunto. Segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE, feita com estudantes de 13 a 15 anos que já praticaram sexo, o uso de preservativos teve uma baixa de 9,1% entre 2012 a 2015. Com base na pesquisa, é questionável a presença de programas voltados para informatizar essa juventude dentro e fora das escolas; em diversos casos a instituição familiar se priva em debater o tema, deixando para que a escola, precariamente, faça o papel de ambas.      Outro fator determinante ligado a esse fato é a imprecisão governamental diante às políticas públicas no que se refere à advertência e esclarecimento sobre a questão. O período de maior promoção de campanhas centraliza-se em épocas festivas, como o carnaval, porém, essas campanhas em longos momentos não são veiculadas pela mídia e Ministério da Saúde, revelando a falta de incentivo a proteção. Destarte, a ausência de alertas posteriores a decorrência de doenças sexuais, infere aos cidadãos a estagnação de casos, fazendo com que a sociedade não se proteja constantemente, afetando os indivíduos diariamente e gerando preocupações futuras a saúde coletiva.      Portanto, a falta de informação e campanhas conscientizadoras devem ser mitigadas, a fim de combater a proliferação das doenças relacionadas a essas questões (sexuais). Desse modo, faz-se necessário a disponibilização do acesso a educação sexual no ambiente escolar e familiar, escola e Ministério da Educação devem ser parceiros, gerando debates entre pais e filhos junto à coordenação pedagógica, com relatos de voluntários que já passaram pela infecção e dados baseados em pesquisas sociais de saúde pública, em vista de  conscientizar e mostrar a realidade vivida hodiernamente. Ademais, é importante, também, que o Ministério da Saúde e mídia veicule constantemente campanhas que tenham o objetivo de noticiar as consequências, não somente de prevenção, ligado a criação de pontos de distribuição de preservativos, com o intuito de atingir o grupo-alvo.