Enviada em: 01/10/2017

Um tópico que requer análise urgente e sensata diz respeito ao desafio de combater as doenças sexualmente transmissíveis no Brasil. Acerca disso, duas questões se destacam: a negligência dos jovens com a prática do sexo seguro e a precariedade de políticas de prevenção no país, principalmente em campanhas de esclarecimento sobre as complicações das DSTs, especialmente a aids e a sífilis. Diante disso, urgem medidas que possam alterar esse quadro.      Em primeiro plano, é válido ressaltar que, nas décadas de 80 e 90, a aids não possuía tratamento, o que a tornava uma doença 100% fatal, levando a população da época a buscar prevenção na relação sexual. Hodiernamente, segundo o Ministério da Saúde, os jovens de 15 a 24 anos são os mais infectados, o que evidencia uma negligência dos mesmos com a prática do sexo seguro, na qual a transmissão do vírus se dá por meio de relações sexuais desprotegidas. Logo, vê-se a necessidade da escola e da família conversarem com os jovens sobre a importância do uso de camisinha, enfatizando que mesmo a aids tendo tratamento, continua sendo uma doença mortal.     Outro fator importante para a reflexão é a relevância de um diagnóstico precoce, o que se confirma pelo fato de que a cada 4 infectados, 1 não sabe que possui a doença, segundo o Ministério da Saúde. Com a junção da prática do sexo desprotegido e o diagnóstico tardio, o número de infectados pelas DSTs só tende a crescer. Ademais, é preciso quebrar o tabu que algumas famílias possuem, como o fato de o assunto sexo não ser discutido com os filhos e, consequentemente, os jovens não saberão a importância da proteção durante a relação sexual. Nesse sentido, é de suma necessidade a criação e veiculação de campanhas de esclarecimento e prevenção nos meios de comunicação durante o ano inteiro (não apenas no carnaval).     Assim, a necessidade apontada inicialmente se mostra ainda mais premente, em virtude de combater as DSTs no Brasil. Para isso, o Governo, com a ajuda da mídia, deve investir em políticas de prevenção e campanhas sobre a importância do diagnóstico precoce. Na sua obra, O contrato social, Rosseau afirmou que é papel da educação formar a vontade do indivíduo, transformando-o em cidadão. Assim, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, para que possam discutir a respeito das consequências desse impasse para os jovens. Nesse viés, será possível ao menos garantir o "futuro da nação" defendido por Rosseau diante da Ordem e Progresso estampado em nossa bandeira.