Enviada em: 02/10/2017

Em seu livro " Casa grande e senzala" sociólogo Gilberto Freire destaca que o contato sexual entre os europeus colonizadores e as índias culminou na disseminação generalizada de sífilis e, por conseguinte, na morte dessas ameríndias. No entanto, na era pós - moderna, o número de infectados por DST's no Brasil aumenta de forma crescente em decorrência de, na maioria das vezes, não haver um diálogo aberto sobre as implicações negativas do sexo sem proteção no âmbito familiar. Primeiramente, o fato do Brasil ser formado originalmente por uma sociedade patriarcal, hierarquizada e extremamente conservadora contribui para o repasse de continuísmos arcaicos, sendo responsável por criar um ideário que excluí o sexo da conversação normal das cidadãos - em virtude de esse tema ser considerado moralmente proibido -. Nesse âmbito, a inibição do diálogo sobre sexo leva os cidadãos a praticarem relações sexuais sem ter noção de que o sexo sem proteção promove o aumento das DST's bem como propicia o aumento do número os casos de gravidez entre os adolescentes. Ademais, análogo ao princípio Newtoniano de que toda ação gera uma reação, a prática indevida do sexo sem a utilização de contraceptivos ocasiona a propagação de patologias sexuais no seio coletivo.Desse modo, no intuito de provocar a diminuição da incidência de DST's é mister que o estado, em parceria com as secretarias de saúde, promova eventos comunitários que ofertem a realização gratuíta de testes para detecção de doenças venéreas entre os cidadãos, afim de atuar na prevenção e tratamento dos indivíduos infectados.  Destarte, a escola, em parceria com os sindicatos, deve realizar visitas domiciliares periódicas - mediante o envolvimento de educadores e médicos - nos bairros mais humildes das metrópoles, ofertado a esses atores sociais preservativos além de estabelecer um diálogo instrutivo sobre sexo seguro, com o objetivo de informar e prevenir o ser social a respeito da importãncia de se proteger de forma segura durante o coito.