Enviada em: 01/10/2017

É necessário considerar que o aumento de pessoas infectadas por DSTs é uma realidade no Brasil, principalmente na população mais jovem. Isso pode ser afirmado, pois segundo o Ministério da Saúde o número de casos detectados na população dos 20 aos 24 anos aumentou consideravelmente. Essa alarmante realidade gera impactos negativos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade e, por isso, medidas para modificar essa alarmante realidade precisam ser adotadas.    Nesse contexto, é necessário salientar os motivos que contribuem para a manutenção desse preocupante cenário. Primeiramente, é evidente a negligência da maioria dos jovens em usar preservativo durante as relações sexuais, ignorando os riscos do ato. Segundo dados de uma pesquisa Ministério da Saúde 43,4% dos jovens afirmaram ter feito sexo casual sem o uso do preservativo, o que contribui para disseminação rápida das DSTs. Outro motivo, é o tabu que ainda existe em torno de assuntos de teor sexual, o que impede que o tema seja abertamente discutido e a troca de informações relevantes acerca desse assunto tão importante.    Em segundo lugar, deve-se frisar as consequências desagradáveis da prática do sexo sem proteção e, consequentemente, desse grande aumento de DSTs. O indivíduo, uma vez que contrai uma doença, poderá ficar gravemente debilitado ou ainda ter sequelas que durarão o resto da vida, além de ter que adotar uma rotina de cuidados que afetarão consideravelmente a qualidade de vida do infectado. Outra grave consequência é a probabilidade de propagação desenfreada das doenças, o que gera uma epidemia e, consequentemente, a oneração de hospitais e postos de saúde pelo Brasil.   Depreende-se, portanto, que é necessário adotar medidas com o objetivo de evitar o aumento dessas doenças no Brasil. Para isso, o governo em parceria com a mídia devem ampliar campanhas de incentivo ao uso de preservativos, não só durante o carnaval, mas ao longo do ano inteiro com a finalidade de alertar as pessoas que o sexo seguro deve ser feito sempre, não apenas em um período específico. Além disso, as escolas devem organizar palestras e debates sobre o assunto, com a presença de profissionais da área da saúde e pessoas que já contraíram alguma DST para relatar suas experiências de como é o convívio com a doença, com o objetivo de trocar informações com os jovens, tirar dúvidas e alertar sobre os riscos e consequências preocupantes que a falta de responsabilidade durante as relações sexuais poderá trazer.