Enviada em: 01/10/2017

A descoberta e a comercialização da penicilina, no século XX, foi fundamental para o surgimento da revolução sexual, que pregava o sexo de forma mais liberal e ousada. A partir desse contexto, é possível explorar as principais causas do crescimento de infectados por DSTs no Brasil, bem como as terríveis consequências dessa problemática.       É importante destacar, inicialmente, que apesar das informações que circulam na mídia a maioria dos jovens brasileiros não se preocupam com a prevenção dessas doenças. Isso ocorre, principalmente, devido a má educação sexual atrelado à diminuição da preocupação ou do descuido da população, pois muitas pessoas sabem dos riscos, porém, não fazem uso dos preservativos para conseguir um maior prazer durante o ato sexual. Segundo Dráuzio Varella, médico, cientista e escritor brasileiro, os casos de infectados aumentaram mais de 50% desde 2008, sendo o principal motivo o comportamento sexual dos jovens que acham que ninguém mais morre por essas doenças.       Percebe-se, ainda, que a realidade crescente das DSTs tem gerado sérias consequências para os infectados. Nota-se que essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidade, câncer e até a morte. Além disso, a AIDS, umas das principais DSTs, é uma doença incurável que obriga o paciente a um tratamento com medicamentos por toda sua vida. Fernando Ferry, clínico geral especializado em doenças sexualmente transmissíveis, relata que existe uma falsa sensação de que a AIDS está controlada, já que não vemos mais na mídia, grandes ícones falecendo por essa doença, como os cantores Cazuza e Renato Russo, na década de 90.          Percebe-se, portanto, que o crescimento de infectados por DSTs é uma realidade, tendo causas e consequências. Assim, urge uma ação conjunta do Ministério da Saúde e das Secretárias Municipais de Saúde para a promoção de políticas públicas, tais como implantação de campanhas nacionais e palestras socioeducativas com objetivo de informar,  esclarecer e conscientizar sobre as formas de contagio e prevenção dessas doenças. Paralelamente, as empresas privadas devem direcionar recursos financeiros para campanhas midiáticas, como propagandas em TV, aplicativos de encontros e redes sociais, afim de aumentar a procura para a compra de preservativos diminuindo os riscos de contaminação por DSTs.