Enviada em: 28/07/2018

Desde os processos denominados revolução industrial e a ascensão do capitalismo, o mundo vem, demasiadamente, priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Nesse sentido, no Brasil, e notório que as discussões em relação ao evento carnaval vem crescendo nos últimos anos, devido ao seu caráter aristocrático imposto pela elite e pelo sistema capitalista- o que evidencia uma crise social. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a desigualdade social nos eventos populares, como o carnaval, rompe essa harmonia; haja vista que, embora esteja previsto na constituição o princípio da isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente. Ainda que isto não seja respeitado, uma vez que esse desmembramento de classe persiste na sociedade. Outrossim, destaca-se o Governo como impulsionador do problema. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a busca pela nacionalização  do carnaval pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, a maneira como parte da sociedade de baixa renda é separada a elite, faz com que esse festejo deixe de ser democrático e social e passe a ser de exclusão. Com isso, basta refletir em relação ao carnaval do nos tempos medievais, na qual devido ao período fértil para a agricultura, as pessoas juntavam-se independente de classe e felizes para compartilhar esse momento de felicidade através dos festejos que passou a ser chamado de carnaval alguns anos depois. É evidente, portanto , que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo deve promover os festejos de  carnaval de modo que as pessoas não se sintam excluídos da elite, como banimento do uso de cordas e o fechamento de camarotes, a fim de buscar a verdadeira igualdade social. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate as desigualdades em todos os meios, principalmente em eventos populares , a fim de construir o progresso sem desconsiderar a ordem. Já dizia o politico e ativista social Nelson Mandela, “A educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo.”