Enviada em: 15/03/2019

Na historiografia vê-se que, o carnaval é uma celebração que já sofreu diversas mudanças desde que surgiu no século XVII trazida pelos portugueses. No entanto, a imagem que foi sendo criada não foi uma de representatividade, geração de empregos e englobamento das minorias, mas sim uma festa apenas de sexualização da imagem da mulher e de que tudo nela é permitido, ideal este levado pelas companhias aéreas tanto nacionais quanto internacionais.    Primordialmente, segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar repleta de generalidade, exterioridade e coercitividade. A partir disso, estudantes da universidade de San José, na Califórnia, estudaram a imagem que o Brasil tem para turistas estrangeiros. Através de levantamento de informações históricas e da coleta de materiais promocionais de agências de turismo, observaram que o país é vendido lá fora majoritariamente como um lugar sensual e selvagem. Imagem esta que vai sendo passada de geração em geração.    Outrossim, com o advento da modernidade e das redes sociais foi-se possível observar muitas "Fake News" relacionadas ao carnaval e que pioram ainda mais a imagem do Brasil frente aos outros países. Nesse segmento, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo de demonstrações sexuais em plena praça pública, no qual ele dizia que se tratava do carnaval no Brasil mesmo sem saber se era verídico ou não.    Portanto, para se atenuar essa problemática é de suma importância que o Governo Federal com o auxílio do poder legislativo realize reuniões e votações na Câmara para criação de leis que visem punir companhias aéreas que sexualizem a imagem do Brasil frente as outras nações; Além disso, o Ministério da Educação (MEC) em conjunto com as mídias por meio de subsídios financeiros deve investir em comerciais e palestras tanto no Brasil quanto em outros países demonstrando que o carnaval é muito mais do que sexo e promiscuidade.