Enviada em: 03/07/2018

O escritor Nabokov escreveu o romance Lolita, o qual a protagonista engravida e casa na adolescência. Embora a obra seja do século XXI, o problema do casamento infantil permanece até os dias de hoje. Isso ocorre não só por fatores culturais, mas também por motivos religiosos.       Primordialmente, a cultura valoriza a erotização de mulheres jovens. Segundo o jornal El País, a média de idade das atrizes americanas é bem menor em relação a dos atores. Dessa forma, como a cultura determina o pensar e agir dos indivíduos, conforme a escola de Frankfurd, o cinema acaba acaba incentivando a ideia de que homens ao se relacionarem com moças jovens estão sendo viril. Consequentemente, muitos acabam casando com adolescentes, tal qual o diretor Woody Allen.         Outrossim, a religião contribui para a problemática. Sob esse viés, é preciso compreender que setores da igreja católica rejeitam o uso de métodos contraceptivos. Concomitantemente, políticos para não entrarem em confronto com religiosos acabam não adotando políticas públicas de prevenção à gravidez. Por conseguinte, moças com menos de 18 anos engravidam e seus familiares a pressionam para casar.         Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para combater o casamento infantil. Cabe às produtoras de filmes romperem com a sensualização do corpo jovem, por meio da criação de protagonistas complexas, a fim de evitar estereótipos de símbolo sexual. Ademais, é dever do governo defender interesses da sociedade, e não de grupos religiosos, isso pode ser feito mediante campanhas de prevenção à gravidez precoce. Assim, teremos menos histórias semelhantes a da Lolita.