Imposição. Abuso. Morte. Estas são palavras que definem o casamento infantil, como um fenômeno complexo que influencia na vida de milhares. O casamento de menores no século XXI, é um grave problema social que caracteriza forte exigência de condições e regras à criança e jovens os incumbindo a uma vida adulta precoce cercada de barreiras sociais, econômicas e psicológicas. A cultura que determinada sociedade mantém gera tais acontecimentos, como uma sociedade patriarcal. Desse modo, a questão da menoridade é um ponto decisivo no casamento infantil, em que menores são usurpados de sua juventude. Mormente, uma sociedade patriarcal segue muitas vezes padrões considerados arcaicos expondo forte desigualdade de gênero, exemplificado pela Índia país, em que há padrões que se distinguem a posição de homens e mulheres no estamento social. Em vista disso, a figura feminina é posta como inferior, útil apenas à reprodução e cuidados domésticos. De acordo com estudos do Banco Mundial, o Brasil é o 4º país no mundo com maior índice de casamentos de crianças e adolescentes menores, influenciando diretamente nos índices de escolaridade, estupro marital, gravidez na adolescência entre outros. Portanto, o casamento infantil é inadmissível, pois este têm o poder de transformar negativamente a vida daqueles forçados ao matrimônio. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 7,5 milhões de meninas se casam todos os anos antes de completarem 18 anos de idade. Sendo assim, a problemática da menoridade é colocada em debate. Em muitos casos menores são prometidas em casamento ainda na infância situação ocasionada para ser a solução de problemas financeiros como dividas. Inúmeras meninas se veem diante de situações ditas como intransponíveis, sem esperança de melhoras, assumindo assim uma postura de submissão ante as adversidades. Desse modo, as ocorrências de matrimonio com menores encadeia-se e são reforçados pelo patriarcalismo, machismo e desigualdade. Destarte, a cultura que diferentes sociedades mantém reflete nas suas tradições conjecturas e ideias atuando na vida de jovens. O casamento infantil demonstra ações cruéis e arcaicas baseados muitas vezes no patriarcalismo, no qual resulta em inúmeras barreiras para meninos e meninas. Torna-se imperativo que o Governo Federal se utilizando das mídias sociais veiculem campanhas sobre a desigualdade de gênero demostrando suas causas e consequências na vida de mulheres. Para que possa criar uma mentalidade de conscientização e assim amenizar as consequências da desigualdade para com a figura feminina. Ademais que o Poder Legislativo criem leis para combater o casamento de menores no Brasil. Apenas sob tal perspectiva é possível amenizar o casamento infantil e suas causas.