Enviada em: 31/07/2018

O casamento infantil é comum na história humana. Na sociedade antiga e medieval, as meninas poderiam ser noivas antes ou durante a puberdade, já os meninos eram esperados se casarem ainda antes dos 18 anos, época em que a expectativa de vida era em torno de 45 anos. De acordo com a Unicef, todo ano cerca de 10 milhões de meninas são casadas antes de completarem 18 anos. Embora esses casamentos sejam análogos á escravidão sexual e a violação dos direitos á saúde e á educação. Nesse contexto, deve-se analisar a problemática em questão.        Em princípio, certas partes do mundo, principalmente na África e na Ásia o casamento infantil é uma prática cultural, onde especialmente, meninas são forçadas a se casarem com homens que podem ser 3 ou 4 vezes mais velhos. Isso ainda acontece devido a desigualdade de gênero que as mulheres ainda enfrentam no século XXI. Em decorrência dessa fragilidade, consequentemente meninas entram em ciclos constantes de gravidez, não tem autonomia para a escolha de preservativos e ainda em idade precoce, podendo resultar em morte, violando o direito de que todas as crianças têm o direito à vida.       No Brasil, esse cenario é a violação de todos os direitos da criança e do adolescente. De maneira, que essa prática se apresenta de maneira naturalizada e em uniões informais, envolvendo, em geral, meninas na fase da infância/adolescência com homens adultos, como uma alternativa da jovem frente a opções limitadas de vida. Isso acontece por motivações como: gravidez indesejada, controle da família sobre a sexualidade das meninas e busca por segurança financeira. Por consequência, o casamento precoce interfere no Estatuto da Criança e do Adolescente, como o direito a saúde e a educação onde muitas abandonam a escola além de enfrentarem violência física, psicológica e sexual.           Torna-se, evidente, portanto, que a questão do casamento infantil precisa ser revisada. Em razão disso, Governo, em parceria com a mídia e o Ministério da Educação, promova intensamente, programas e propagandas que visem desconstruir a ideia do casamento infantil, além de enfatizar os direitos da criança que é estudar, brincar, crescer e aprender, juntamente com a conscientização sobre o empoderamento da mulher. E, desse modo, extinguir esse mal presente em vários séculos.