Enviada em: 31/08/2018

Na Grécia antiga o casamento infantil era uma prática muito comum e até mesmo incentivada pela sociedade. Entretanto, no contexto atual, o matrimônio de crianças e adolescentes ainda existe no Brasil. Tal questão merece zelo, pois impactam o agravamento de problemas sociais e intensifica a desigualdade de gêneros.        Convém destacar que o casamento infantil piora os problemas sociais, como o abandono escolar, visto que, diante das responsabilidades, que deveriam vim só mais tarde, essas crianças deixam de estudar. De acordo com o levantamento do Banco Mundial, 30% do abandono escolar feminino no ensino médio é devido ao casamento precoce. Nesse contexto, fica evidente que a falta de escolaridade e consequentemente, a falta de emprego para esses indivíduos, está diretamente relacionado ao casamento infantil.        Ademais, devido ao patriarcalismo em que a sociedade brasileira esta inserida, esse fenômeno está mais associado ao sexo feminino. De acordo com o Banco Mundial, no Brasil 36% das meninas se casam antes dos 18 anos, tendo 11% se casado com menos de 15 anos. Diante disso, os maridos, normalmente mais velhos, são os provedores da família e tem maior acesso a liberdade e a vida social, por outro lado, as jovens esposas são as responsáveis pelas tarefas domésticas e ficam limitadas de liberdade e convívio social. Tal situação intensifica a desigualdade de gêneros.        A fim de mitigar os problemas que envolvem o casamento infantil, algumas ações são necessárias. Cabe primeiramente ao governo juntamente com a instituições de ensino desenvolver palestras e debates com os alunos, pais e toda a comunidade escolar, a fim de elucidar sobre o tema. Além disso, o governo federal deve utilizar os meios de comunicação, como a televisão e internet, para divulgar campanhas com objetivo de desfazer a imagem do casamento infantil como algo natural. Desse modo, será possível, informar a toda população sobre como o casamento na infância pode ser prejudicial para a formação psicossocial dos jovens.