Enviada em: 30/03/2019

Consoante a ONG Plan Internacional,o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking dos países que mais casam crianças no mundo.Tal adversidade irrompe de um estrutura patriarcal incrustada na sociedade brasileira,a qual submete meninas ao matrimônio precoce e formata a desigualdade de gênero,bem como de uma vulnerabilidade social que parte da baixa escolaridade e que  não projeta cuidados ao corpo feminino.Dessa maneira,vale analisar o revés da realidade dos casamentos infantis no Brasil atual.   Em primeiro plano,é evidente que a união precoce de crianças viabiliza a disparidade de gênero,porquanto envolve meninas menores de 18 anos que se casam com homens já na maioridade.Esse contexto é perpassado pela sexualização prematura da imagem feminina,em que,na maioria dos casos,estas compartilham experiências sexuais fortes com o cônjuge,alterando a sequência do desenvolvimento fisiológico da mulher.Logo,consequências como gravidez e a responsabilidade de cuidar de um filho passam a ocupar a vida dessas crianças.     Além disso,a fragilidade do espaço de vivência que oferece baixa atuação das escolas  diante das crianças maximiza a problemática dos casamentos infantis.Nessa lógica,pelo fato de o corpo docente e da infraestrutura não darem condições dignas,que possibilitem perspectiva de vida,meninas tendem a evadir do cenário acadêmico.Devido a isso,diversas jovens engravidam e passam a se dedicar a funções familiares ou também ficam suscetíveis à mortalidade no parto,segundo o estudo Harvard Medical School.Dessa forma,é preciso combater essa realidade obscura.     Por conseguinte,para suprimir os casamentos infantis no Brasil,é necessária a promoção da educação de qualidade continuada.Para isso,é cabível ao MEC fomentar investimento ao ensino público educacional e iniciar projetos dentro das escolas que protejam as meninas da sexualização prematura,a fim de aproximar crianças em situação de vulnerabilidade ao contexto escolar,por meio de programas de visitas domiciliares,de alfabetização e escrita e de bolsas de estudo e intercâmbio.Tais medidas poderão proporcionar às crianças,sobretudo,às meninas,que sofrem em razão do machismo e da subserviência,a terem sólidas perspectivas de crescimento de vida.