Enviada em: 28/05/2019

A iniciação da vida adulta induzida.    Apesar de diversos avanços tecnológicos presentes no Brasil do século XXI, o mesmo ainda apresenta alguns retrocessos sociais, como o aumento de índices de casamento infantil, visto que o país é o quarto no ranking mundial com mais casos. O que também resulta no aumento de casos de violência doméstica, baixa escolaridade, gestação precoce e mortalidade infantil, considerando que grande parte da porcentagem desses casamentos é de homens adultos com meninas, essas jovens são feitas de reféns sentimentais e após sua gravidez são rejeitadas pela sociedade, não arrumando empregos além de serem vítimas de preconceito.       Segundo a Unicef, aproximadamente 7,5 milhões de meninas se casam antes dos 18 anos, algumas delas pouco depois dias dez anos de idade. Além de muitas delas engravidarem logo após o casamento, mesmo sem ter seu corpo completamente desenvolvimento para conceber um bebê a vida e muito menos a devida construção psicológica para tal ato. Sem mencionar que essa união infantil pode levar ao aumento em 22% da probabilidade da jovem sofrer violência doméstica, impactando negativamente ainda mais o psicológico dessa criança.      Vale ressaltar que, mais de 309 mil mães estão fora da escola, segundo levantamento do Movimento Todos Pela Educação e da Pnad. O que mostra a falta encorajamento e apoio para essas precoces mães e certa vergonha que as mesmas possuem por saberem da existência do preconceito contra elas.      Para mudar essa realidade é preciso que o Governo Federal garanta a proibição de qualquer tentativa de casamento infantil a fim de garantir a criança a vida que lhe é prometida ao nascer, sem responsabilidades e influência de não familiares. E que a Secretaria de Educação faça cursos  básicos direcionados à mães jovens para que as mesmas retomem de onde parou  na escola e possa ingressar no mercado de trabalho.