Enviada em: 30/04/2017

Pacto de silêncio        Em 18 de maio de 1973, uma garota de oito anos, da dcidade de vitória, foi sequestrada, abusada e assassinada. Após o acontecido criou-se o Dia Nacional de Combate a Exploração Sexual de Crianças. Todavia, após décadas terem se passado, o abuso sexual ainda se encontra enraizado em nossa sociedade, como uma erva daninha, devendo-se ser combatido a todo custo.        Segundo o filósofo contemporâneo Jean-Paul Sarte "A violência, seja qual for a maneira que se manifeste, é sempre uma derrota". De acordo com dados vinculados ao disque cem -central de denúncias- a cada 36 minutos uma criança é vítima de abusos pelos pais, amigos ou conhecidos. Além disso, estima-se que de 4 casos apenas 1 é denunciado, mostrando que ainda é um tabu ou insipiência no nosso meio de convívio.     Embora seja um tema tratado e relembrado à décadas , ainda há um empecilho da sociedade em reconhecer que ele existe.Não obstante, por medo ou falta de conhecimento a vítima/ testemunha não comunica as autoridades, ficando-por consequência- caladas. Além disso, a escola e o estado vem sendo um grande difusor de conhecimento e informação , contudo, até então não se nota indícios de crescimento vertiginoso em relação às denúncias.            Torna-se evidente, portanto, que a mistura de falta de informação com o silêncio torna os casos de abuso mais costumeiros, devendo ser desraizado e extinguido. Desse modo, deve-se haver uma articulação entre governo, escola e setores privados. A escola, cumprindo o seu valor como espaço de convívio social totalmente voltado à educação contra o abuso, conversando abertamente sobre o assunto, e somente assim as crianças irão aprender a cuidar e respeitar o seu corpo, identificando o abuso. Ademais, o governo com seu papel regulador com ajuda de parcerias público privadas, devem investir no disque cem, retificando a eficiência do anonimato e levando a julgamento todos os casos, como também, avançar em ideias de transmitir anúncios informacionais para abranger todos os públicos. De forma que, se interrompa o pacto do silêncio e se plante novas esperanças.