Enviada em: 04/08/2017

É de conhecimento geral que os índices de abuso sexual infantil no Brasil são muito altos. Sem dúvidas, são graves os problemas de saúde causados por agressões psicológicas, físicas ou qualquer tipo de manifestação de violência sexual na vida de crianças e adolescentes, podendo esses serem danos físicos ou mentais. Nesse contexto, apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ter garantido direitos, a pedofilia é endêmica no país. Isso acontece não só pela falta de conscientização de agentes fundamentais, como professores, escolas e famílias, mas devido à falta de investimento do estado nos órgãos responsáveis pelo atendimento das vítimas de abuso sexual.   Em primeiro plano, é válido expor que submissões precoces à adversidades são uma grande ameaça para a saúde de crianças e adolescentes. De fato, muitos responsáveis por menores não têm consciência sobre o impacto que os traumas podem causar à saúde dos jovens. Ademais, essa falta de instrução leva ao descaso, que gera mudanças no comportamento das vítimas. É o que se vê em crianças que possuem comportamento delitivo e violento, causado na maioria das vezes por exposição aos traumas trazidos pelo abuso. Tudo isso gera um aumento de menores infratores e crianças com diversos transtornos na sociedade.   Além disso, não é possível fazer a legislação ser cumprida em relação aos direitos da criança e do adolescentes se não existir uma assistência que ofereça suporte aos menores. De fato, a ineficácia do ECA e de órgãos relacionados aos jovens é um dos grandes problemas enfrentados ao tentar garantir os direitos de crianças e de adolescentes, pois não há investimento na estrutura física dos órgãos e na formação dos responsáveis pelos atendimentos. Exemplo disso é a falta de conselhos tutelares em alguns municípios do país. Tudo isso gera despreparo no sistema e incapacidade do estatuto ser aplicado e trabalhado em sua plenitude para atender os jovens em conflito.   É incontestável, portanto, que o desrespeito com os direitos do jovens brasileiros é evidente e, que a falta de conscientização de responsáveis e eficiência dos órgãos públicos são fatores que contribuem para o aumento dos índices de pedofilia. Por isso, medidas fazem-se urgentes. Sendo assim, é preciso que o governo invista no funcionamento dos órgãos responsáveis pelas políticas voltadas à criança e ao adolescente, como na estrutura e em profissionais que dominem os conhecimentos necessários para que as normas sejam efetivamente aplicadas. Também é necessário investimento do governo em projetos, como o "ECA na escola", que informa e sensibiliza alunos e responsáveis a respeito de direitos e, em outros projetos que ajudem os menores a reconhecerem o abuso e protegerem a própria sexualidade. Desse modo, os projetos problematizam a situação e ajudam no combate à pedofilia.