Do ponto de vista médico,a pedofilia é definida como uma doença comportamental em que o indivíduo se sente atraído de forma sexual ou física por crianças, sendo estas do mesmo sexo ou de sexo oposto. Geralmente, na maior parte dos casos, as crianças sofrem por agressores que fazem parte do convívio familiar, ou conhecidos. A falta de atenção por parte dos responsáveis aliado com a ausência do diálogo com os menores tem contribuído para o desenvolvimento de crianças traumatizadas e o número alarmante de casos registrados todos os dias pela OMS. Outrossim, a naturalização do problema tem sido uma das maiores causas da exploração infantil, com situações em que a criança ou adolescente não são ouvidos, e quase sempre são desacreditados ou desencorajados pelos próprios familiares. Nessas ocasiões, provoca-se o maior adversário da reversão do quadro, muitas vezes denominado "pacto do silêncio", ou, de forma mais simples, o medo. O Brasil sofre com questões que contribuem fortemente para a manutenção da exploração infantil. De acordo com pesquisas realizadas pela PRF, através de mapeamentos de estradas, foram detectados 66 mil quilômetros de rodovias vulneráveis a exploração infantil, totalizando 1.820 pontos, boa parte em áreas urbanas de fácil movimentação (2009/2010). Além disso, a pornografia infantil é um dos crimes virtuais mais comuns no país, de acordo com a ONG Safer net, onde foram registrados o maior número de denúncias em 2013. De acordo com dados, apenas 0,63% das crianças são identificadas,tendo a internet como sua maior impulsionadora. Para mudar tal realidade, o diálogo e a confiança no lar deve ser fundamental,através da quebra de tabus, a educação sexual pode ser instruída e tratada com maior atenção. O apoio de diversos setores, entre eles o logístico, pode influenciar de forma crucial na sensibilização de motoristas nas estradas.Para mais, o estímulo das denúncias e campanhas por parte do governo, aliado com a participação popular proporcionarão uma maior manutenção as vítimas e, por resultado, a redução dos casos.