Enviada em: 04/06/2017

A exploração sexual infantil atinge todo ano milhares de crianças e adolescentes no Brasil, mesmo com leis e programas de proteção as vítimas os índices persistem elevados. Ocorre que certos aspectos culturais muitas vezes surgem como entraves indiretos, mas também fatores legais não inibem com eficiência a incidência dos crimes.        Dessa forma, quando o ato já foi consumado, é imprescindível que o mesmo seja identificado o mais precocemente possível. Para que, no caso, se evite mais danos psicológicos e físicos à criança. Por isso, existe a necessidade de uma comunicação mais clara entre pais e filhos - inclusive sobre sexualidade e o seu corpo - para facilitar a constatação de abuso quando houver e coibi-lo imediatamente.        Ademais, a criança violentada em muitos casos não denuncia o crime, seja por medo ou vergonha. Visto que existe uma espécie de "cultura do silêncio" que permite e facilita a perpetuação do crime. Situação relativamente comum quando o pedófilo é um familiar próximo, até mesmo pai ou mãe, associado a leis fracas ou ineficientes, em muitos casos não asseguram a real punição ou proteção da vítima.        Por outro lado, a existência de leis incipiente, quando não asseguram a real eficácia da punição, encorajam que mais crimes sejam cometidos. Assim, leis que restringem os agressores com penas restritivas de liberdades que não passam no máximo de alguns anos, sendo, todavia, o "conhecido tratamento" dado por outros presidiários a pedófilos quando já condenados, o maior inibidor de crimes, revela a expoente falta de eficácia do estado e das leis para punir e dar exemplo.        Portanto, o primeiro caminho é a prevenção, e este só ocorre quando existe um laço forte entre pais e filhos, para que estes sejam bem instruídos e tenham a perceção sobre orientação sexual, tanto no sentido de se evitar que se tenham relações antes do "tempo", mas também saibam identificar e alertar os responsáveis quando alguém mal intencionado quer se abusa-los. Todavia, também é necessário a existência de leis mais fortes, que retirem da sociedade pessoas que não podem conviver nela, com no mínimo algumas décadas de reclusão, pois apenas na certeza da punição, com o efeito de exemplo, pode prevenir que muitos crimes sejam cometidos e consequentemente menos crianças abusadas. Posto que, medidas legais podem ser aprovadas mediante leis, no Congresso Federal, para aumentar o tempo de reclusão, não garantindo o direito de progressão de pena até que a vítima seja no mínimo maior de idade, mas também assegure fundos e colaboração com ONG's para auxiliar pais e filhos para que criem um convívio mais claro e direto sobre sexualidade.