Enviada em: 04/06/2017

Crianças e adolescentes todos os dias são vítima de abuso ou exploração sexual, muitas vezes seus agressores são familiares ou amigos próximos. A pratica, ao que parece, tem se tornado mais intensa, assim como o grande número de denúncias realizadas, que causam perplexidade em todos. Esse assunto não é novo, ele já esta inserido em nossa sociedade, o problema precisa ser encarado e combatido de frente pelas autoridades, pais e sistemas de ensino e educação no país.        Em 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, abusada e assassinada em Vitória (ES) e os agressores nunca foram punidos pelo crime. O "caso Araceli", como ficou conhecido, chocou o Brasil e se tornou símbolo de toda violência cometida contra crianças e adolescentes. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - 18 de maio - foi instituído em 1998 e sancionada em maio de 2000, desde então todos os anos são promovidas atividades para conscientizar a sociedade e autoridades sobre a gravidade da violência sexual.         No Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM) são registrados todos os tipos de violência sexual, incluindo tais atos cometidos por desconhecidos e também por conhecidos da família. Em 2012, foram registrados 7.592 casos de violência, sendo 72,5% entre meninas e 27,5% entre meninos, em uma faixa etária de zero a nove anos e de 10 a 19 anos fora 9.919 casos. Mas a quantidade de vítimas é maior, porém nem todos os municípios enviam seus dados para o SINAM. Dois projetos foram aprovados recentemente no senado, o primeiro determina a perda de bens e valores que sejam utilizados na exploração sexual em menores de idade, o segundo tem como objetivo investigar casos de pedofilia, onde os policiais podem se infiltrar em redes sociais e salas de bate papo de forma anonima.  Crianças e adolescentes estão cada vez mais vulneráveis a todo tipo de abuso, tanto intrafamiliar como interpessoal. Nesse contexto, é necessário que os pais estejam atentos mais atentos e próximos de seus filhos, conversar e saber identificar comportamentos que possam ser característicos de estado de abuso é fundamental. A educação sexual nas escolas pode contribuir de forma eficaz para a redução desses crimes contra as crianças e jovens, pois a partir do momento que ela conhece seu corpo, sabendo o que é sexo, o que é sexualidade, qual é o direito que ela tem, vai preparar ela para que, em qualquer abordagem que ela sofra, indicando para um uso indevido do seu corpo, ela reaja e não aceite.