Enviada em: 06/05/2019

De acordo com o Ministério do Trabalho, a presença feminina representava 40.8% do mercado formal em 2007. Já em 2016, esse número subiu para 44%. Contudo, embora a quantidade de mulheres no mercado de trabalho esteja aumentando, as mesmas ainda encontram impasses que os homens não precisam enfrentar. Sendo assim, as diferenças salariais entre mulheres e homens que exercem funções iguais e a vontade de afastar a mulher do poder que o trabalho as proporciona são algumas das problemáticas que dificultam a inserção das mulheres no mercado de trabalho.         A priori, é importante enfatizar as diferenças salariais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015, a média de salário masculino era de 2.012 reais, enquanto a da mulher era de 1.522 reais. À vista disso, é evidente como as disparidades salariais ainda são problemáticas atuais que contribuem para as desigualdades de gênero, o que dificulta a entrada da mulher no mercado. Por conseguinte, políticas públicas são necessárias para, paulatinamente, mitigar tais injustiças com o público feminino.         Outrossim, a vontade de afastar a mulher do poder constitui outro problema. Assim sendo, durante os séculos XVIII e XIX, as mulheres que praticavam a medicina e possuíam o conhecimento sobre remédios e ervas eram acusadas de bruxaria. Portanto, as perseguições às bruxas foram fundamentadas na vontade do homem de afastar a mulher do poder que esses saberes as dava. Isto posto, tal vontade de distanciar as mulheres do mercado de trabalho, afirmando que o lugar delas é em casa, é a forma que muitos homens encontram, na atualidade, de privá-las do poder que isso as daria, algo que necessita ser solucionado.         Portanto, ficou notório como as mulheres ainda enfrentam muitas dificuldades na inserção no mercado de trabalho. Logo, faz-se necessário que o Estado proporcione uma maior igualdade salarial entre homens e mulheres, por meio da criação de leis que assegurem esse direito, a fim de garantir condições de trabalho igualitárias a todos. Ademais, também é dever da Escola fomentar os alunos a entenderem a liberdade que as mulheres têm de exercer qualquer função que elas desejarem, por meio de palestras e debates, para que, dessa forma, seja criada uma sociedade livre desses paradigmas. Assim, ficará mais fácil para as mulheres se inserirem no mercado de trabalho.