Enviada em: 15/05/2019

A série de teor humorístico "Todo Mundo Odeia o Chris" temo como personagem principal um jovem negro, nascido no Brooklyn e que estuda numa escola majoritariamente formada por brancos, ao qual, no decorrer dos episódios, Chris enfrenta uma série de eventos de bullying e preconceito por ser negro, através de agressões verbais e físicas. Na contemporaneidade, a realidade infelizmente não é contrastante àquilo que se é retratado nas ficções, a fazer com que mais vítimas sejam sujeitas a essa prática, principalmente o público jovem e infantil. Com isso, cabe analisar os fatores que propiciam essa situação e as medidas para atenuá-la.        A priori, tem-se a prática do bullying como todo e qualquer ato de agressão verbal, física ou psicológica. Sabe-se que na sociedade contemporânea, essa chaga social se alastra com cada vez mais voracidade, a atingir principalmente o público infanto-juvenil. O psicólogo sueco, Dan Olweus, na década de 70 foi o primeiro a comentar sobre o bully nas escolas, o que explica o fato desse local ser o principal ambiente para realização da prática, a começar pelas famosas "brincadeirinhas" de mau gosto, que têm como consequência o constrangimento da vítima, a criação de possíveis medos, mudanças de comportamento por conta do ocorrido e em casos mais graves, ser o possível fator para o suicídio de alguém.        Outrossim, outra prática que vem a tomar grande relevância é o cyberbullying, o famoso bullying virtual. Através dessa prática, muitas pessoas utilizam as redes sociais como meio para poder realizar as agressões sem que se descubra quem é o responsável. Em grande maioria, são criados perfis falsos para que o ato seja concretizado e o bombardeio de discursos maldosos seja efetuado, a causar uma série de problemas para quem passa por esse ocorrido, além de aumentar o número de casos da problemática. Segundo um relatório da Unicef, o Brasil se encontra em 4º lugar no índice de países com maior realização do bully.        Destarte, algo precisa ser feito para minimizar o imbróglio. Dessa forma,  cabe ao Poder Público junto com o Ministério da Educação promover campanhas sobre o tema por meio dos veículos de comunicação social, com o intuito de que haja reflexão sobre o contexto, além de as Instituições de ensino em parceria com psicólogos realizar palestras sobre o problema, com o objetivo de mostrar os males da prática e o que se pode fazer para ajudar quem sofre com isso. Assim, com a adoção dessas medidas, espera-se reduzir os índices de vítimas e gerar indivíduos conscientes de seus atos, com o fito de tornar a sociedade mais justa e digna para todos.