Enviada em: 22/05/2019

Na série "13 Reasons why", produzida pela plataforma de streaming Netflix, é possível perceber, em diversos momentos, cenas onde alunos sofrem bullying de formas e por motivos variados. Já fora das telas o bullying é uma realidade no Brasil, seja por meio de redes sociais ou no contexto escolar esse problema deve ser combatido por todos. Em primeiro plano, pode-se perceber que o crescente uso das redes sociais possibilitou a criação de uma barreira virtual entre emissores e receptores de mensagens e postagens. Em razão disso, quem prática bullying usando a internet acredita estar oculto pela dificuldade de se identificar os agressores. No entanto, órgãos governamentais vêm criando e aprimorando Inteligências Artificiais para identificar palavras-chaves em comentários e postagens na internet, tornando um pouco mais fácil a identificação de quem comete esses assédios. Muito embora tenha sido um grande passo no combate ao bullying virtual, a internet é vasta e muitos agressores passam impunes ao usar palavras que a inteligência artificial não possa identificar, mas que ainda assim ferem outras pessoas.      Entretanto, o bullying no contexto escolar é ainda mais frequente e passa, muitas vezes, despercebido pelos olhos dos pais e educadores. De acordo com dados do site G1, somente nas últimas duas década foram cerca de oito massacres em escolas do Brasil motivados por casos de bullying praticados pelos alunos dentro das escolas. Ainda que o horror tenha sido grande e vidas terem sido interrompidas, a segurança nas escolas foi revista e aprimorada depois desses ataques, a comunidade escolar se tornou mais participativa e protetora, mas um após o outro os massacres voltaram a acontecer e os casos de bullying não diminuíram.  Portanto, medidas mais eficientes se fazem necessárias para que o impasse seja de fato solucionado. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública abordar o tema do bullying em palestras e rodas de conversas ministrados por influenciadores digitais, psicólogos e agentes da segurança para alunos, pais e professores para que saibam identificar situações de assédio e como agir em tais situações, dessa forma teremos cidadãos preparados e conscientes sobre seus direito e deveres. Visando a identificação e punição dos agressores, cabe ao poder legislativo editar as leis e regulamentos existentes que tratam sobre o bullying em seus variados aspectos, tornando-os mais severos e abrangentes tanto ao meio físico como ao meio virtual, com a utilização das inteligências artificiais de maneira mais eficiente na identificação dos malfeitores, para que esses sejam punidos de forma efetiva. Mediante tais medidas, espera-se que o bullying não faça mais vítimas nem cause outros massacres e que se torne real apenas no mundo da ficção.