Enviada em: 09/06/2019

"Preciosa" é um drama americano que retrata o tão perigoso bullying, no qual  comprova que há 29 anos, os Estados Unidos já discutiam a respeito da dessa opressão. A personagem Claireece foi violentada pelo pai e negligenciada pela mãe e, ainda precisava lidar com os duros deboches em sala de aula, alimentando o seu isolamento e, consequentemente, o distanciamento do aprendizado escolar. No Brasil, a realidade não é diferente, porém, a verdadeira preocupação só chegou às instituições de ensino em 2016, ano que a prevenção e o combate à prática virou lei no país. Isso confirma que, diferentemente da situação norte-americana, a luta aqui é recente e precisa ser valorizada, tanto no ambiente escolar quanto no familiar.    Primeiramente, a escola é o lugar onde as crianças e adolescentes deveriam se sentir seguros. Entretanto, segundo pesquisas divulgada pelo Programa Internacional da Avaliação de Estudantes (PISA), um em cada dez estudantes brasileiros é vítima frequente de bullying. Isso acontece porque, não há exposição do conteúdo no ambiente escolar, além disso, a escola não educa o aluno para a convivência no coletivo, nas relações pessoais e profissionais. O educador Paulo Freire já falava em uma "Cultura de paz", evidenciando o papel da educação na exposição de injustiças, incentivando a colaboração, a convivência com o diferente, a tolerância. Isso comprova a necessidade de às instituições trabalharem o assunto dentro e fora de sala.   Em segundo lugar, vê-se que o ambiente familiar é na maioria das vezes visto como um lugar de repulsa pelas vítimas da violência sistêmica. No filme, a mãe de Preciosa não apoiava a filha, não ligava para seus problemas e, inclusive permitia os abusos por parte do pai. Se o espaço privado não é de compreensão, os problemas  na rua se agravam e, consequentemente, o isolamento do indivíduo é cada vez maior. Claireece se escondia na sua imaginação, a única coisa que, de fato, a aceitava como era.    Portanto, atitudes para a reversão da problemática supracitada são necessárias. Dessa forma, o poder público, criador da lei que incentiva o combate à prática, deve fiscalizar  as instituições e fazer valer o que está no Diário Oficial e, contratar, inclusive mais psicólogos para os colégios. Em parceria com a mídia o governo pode denunciar os casos e, é claro conscientizar a população. Deve, também, por meio de ficção, levar  discussão à família, para mostrar a importância de o assunto ser tratado em casa. Só assim, será possível evitar que, no Brasil, 29 anos depois, tenha-se mais figuras como a de Preciosa.