Enviada em: 21/06/2019

Nos quadrinhos da “Turma da Mônica” de Maurício de Sousa, os personagens que constituem a Trama são constantemente vítimas de bullying, ora por ofensas verbais, ora fisicamente. Fora da ficção, essa violência é vista constantemente no ambiente escolar, o que resulta em sérios problemas psicológicos aos que sofrem essas agressões. Desse modo, é necessário analisar como deve ser realizado o combate e quais são os problemas para realizar a intervenção.     É válido considerar, Antes de tudo, os desafios para identificar a existência do bullying. Como essa agressão muitas vezes é acompanhada de ameaças, os agredidos ficam com medo de recorrer às autoridades, como pais e professores, e por conseguinte, nutrem um sentimento de impotência e inferioridade. Ademais essas ofensas são mascaradas com brincadeiras e piadas o que dificulta para as vítimas denunciarem. Desse modo, é necessário um mecanismo eficaz para realizar uma busca por esses alunos atingidos.    Cabe apontar também as dificuldades do tratamento à esses casos. Apesar de ocorrer a denúncia, a atitude é punir os agressores, porém esse ato, muitas vezes, é ineficaz e cria nos punidos um sentimento de vingança o que intensifica a violência. Desse modo, sem a identificação e a intervenção correta, casos como o de Suzano em São Paulo, em que motivados pelo bullying dois alunos entraram na escola com armas e mataram oito pessoas, serão recorrentes no Brasil.     Fica claro, portanto, a necessidade de realizar a identificação e o combate desses casos. Nesse sentido, o Ministério da Educação deve investir na implementação de psicólogos nas escolas, de forma que em cada instituição tenha pelo menos um, para que os alunos que sofrem com esse tipo de violência tenham um refúgio e esse profissional consiga identificar e auxiliar na prevenção e no tratamento desses alunos. Ademais, as escolas devem criar atividades no contra turno, como debates e palestras, para que os alunos entendam as consequências dessa violência para seus colegas.