Enviada em: 23/06/2019

No dia 13 de março de 2018 ocorreu o massacre de Suzano em uma escola estadual de São Paulo e como consequência ocasionou não só a morte de 7 pessoas como também traumatizou outros alunos e professores. Tragédias como essa estão vinculadas á negligência a cerca do bullying e o impacto social causado, tais acontecimentos poderiam ter sido evitados por meio do auxílio psicológico e o esclarecimento sobre a saúde mental. É crucial que a sociedade reconheça suas responsabilidades e mude seus hábitos e atitudes perante ás relações sociais.       Inicialmente, é fato que as causas precursoras do bullying são, indubitavelmente, a carência de esclarecimento sobre os comportamentos das crianças e jovens pelos responsáveis bem como o descontrole sobre os comentários e discussões em redes sociais. Embora hajam indivíduos que ainda acreditam ser apenas um "mimimi" ou um modo dos jovens chamarem a atenção, é inadmissível que as emoções de tais pessoas sejam desrespeitadas e ignoradas dessa maneira. Ademais, nem sempre as consequências são visíveis com cicatrizes corporais mas também com danos psicológicos e o desenvolvimento de transtornos mentais. De acordo com a pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o Brasil é o 4° país com maior prática de bullying no mundo, fato preocupante e que relaciona-se diretamente aos crescentes casos de suicídio no mundo.        Além disso, a série Thirteen Reasons Whys narra o cotidiano de uma menina que sofre inúmeras formas de humilhações, abusos sexuais e psicológicos no ambiente escolar, a qual foi totalmente ignorada e negligenciada pela comunidade escolar, amigos e a família. Infelizmente ela comete suicídio e essa é a realidade de inúmeros indivíduos pelo mundo, e serve de alerta para conscientizar a sociedade de que sim, o suicídio e outros problemas ocasionados podem ser evitados. Outrossim, o advento da tecnologia pode tanto auxiliar no combate ao bullying como também pode agravar ainda mais, haja vista que as redes sociais se tornaram extremamente tóxicas em virtude do anonimato oferecido pela internet e ao discurso de ódio disseminado ás pessoas que são diferentes. Nesse sentido, a Constituição Federal no artigo 5° assegura o direito á vida, segurança e igualdade de direitos, o que não é colocado em prática no cotidiano dos cidadãos.       Portanto, é imprescindível que o Ministério da Educação em parceria com ONGs proporcionem a inserção de psicólogos ao ambiente escolar com o intuito de construir um ambiente mais saudável tanto para alunos, quanto para os professores e ainda, com o objetivo de conscientizar os jovens a cerca do Bullying por meio de palestras e debates entre alunos e familiares. Apenas com a educação sobre a saúde mental e o respeito á diversidade será possível diminuir os índices preocupantes.