Enviada em: 05/07/2019

Na série "13 reasons why", produzida pela plataforma Netflix, é possível perceber, em diversos momentos, cenas em que alunos sofrem bullying de formas e por motivos variados. Fora das telas, o bullying, infelizmente, é uma realidade no Brasil. Nesse sentido, é importante destacar os principais desafios, que se mostram sejam por redes sociais ou no contexto escolar, dessa problemática frente à sociedade brasileira.       Em primeiro plano, é possível perceber que o crescente uso das redes sociais possibilitou a criação de uma barreira virtual entre emissores e receptores de mensagens e postagens. Em razão disso, quem pratica bullying usando a internet, acredita estar oculto pela dificuldade de se identificar os agressores. No entanto, de acordo com dados da revista Época Negócios, órgãos governamentais têm criado e aprimorado Inteligências Artificiais (IA) para encontrar palavras-chaves em comentários e postagens na internet, o que torna, felizmente, um pouco mais fácil o reconhecimento de quem comete esses assédios. Muito embora tenha sido um grande passo no combate ao bullying virtual, a internet é vasta e, lamentavelmente, muitos agressores passam impunes ao usar palavras que a IA não possa identificar, mas que, infelizmente, ferem outras pessoas.       Contudo, o bullying no contexto escolar é ainda mais frequente e passa, inaceitavelmente, muitas vezes, despercebido pelos olhos dos pais e educadores. De acordo com dados do "site" G1, somente nas últimas duas décadas foram cerca de oito massacres em escolas do Brasil motivados por casos de bullying praticados pelos alunos dentro das escolas. Ainda que o horror tenha sido grande e, tristemente, vidas tenham sido interrompidas, a segurança nas escolas foi melhorada após esses ataques e a comunidade escolar se tornou mais participativa e protetora, mas, miseravelmente, um após o outro os massacres voltaram a acontecer e os casos de bullying não diminuíram.       Portanto, medidas mais eficientes se fazem necessárias para que o impasse seja de fato solucionado. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública abordarem o tema do bullying e suas consequências em palestras que sejam ministradas por influenciadores  digitais, psicólogos e agentes da segurança aos alunos, pais e professores, para que saibam identificar situações de assédio e como agir nesses casos, dessa forma espera-se ter cidadãos preparados e conscientes sobre seus direitos e deveres. Além disso, cabe ao poder legislativo editar as leis e regulamentos existentes sobre bullying em seus variados aspectos, tornando-os mais severos e abrangentes, para que agressores sejam efetivamente punidos. Assim, espera-se que o bullying não faça mais vítimas nem cause outros massacres e que permaneça apenas no mundo da ficção.