Enviada em: 08/07/2019

No ano de 2019, em Suzano, município paulista, dois jovens, motivados por vingança, invadiram a escola em que haviam estudando e efetuaram disparos, matando dez pessoas e ferindo onze. De certo, tal episódio terrificante evidencia o bullying, uma preocupante prática caracterizada pela desigualdade de poder nas relações, onde um grupo ou indivíduo agride fisicamente ou moralmente a vítima, aumentando a probabilidade de ocorrência de distúrbios mentais na mesma, piora do desempenho escolar e, em alguns casos, motiva crimes de ódio tal qual ocorreu em Suzano. Assim, o Brasil enfrenta os impactos sociais decorrentes do bullying, ao passo que a falta de orientação à população acerca de tal problemática e a ineficiência governamental em prover mecanismos de identificação, combate e prevenção de tais atos violentos, ocasiona a manutenção de tal contexto maléfico.  Segundo um levantamento realizado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes em 2015, no Brasil aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying na escolas. De certo, tal situação inaceitável é causada, principalmente, pela falta de orientação aos estudantes, docentes e à sociedade em geral acerca de tal prática de atos violentos. Assim, o ambiente escolar que, em tese, deveria propiciar condições para uma aprendizagem segura e plena para os alunos, torna-se, muitas vezes, um local insalubre, ao passo que os direitos e a dignidade das vítimas do bullying são lesados.  Ademais, pontua-se a ineficiência governamental em promover um ensino que incentive a cooperação em detrimento da competição, valorizando mais o coletivo e as noções de respeito, compreensão e afeto do que somente o individual. De certo, a adoção de tal abordagem possui uma função pedagógica, ao passo que orienta os estudantes não apenas à como identificar e se opor a situações de bullying, mas também minimizar a mentalidade egoísta, que é a base de tais comportamentos. Sendo assim, e tomando como base a frase do filósofo Immanuel Kant ''o homem é aquilo que a educação faz dele'', é imprescindível a discussão e o debate sobre o bullying nas escolas, para que ocorra a correta orientação acerca da importância de proteger a integridade dos estudantes.  Portanto, medidas são necessárias para atenuar as problemáticas relacionadas à ocorrência de bullying nas escolas brasileiras. De certo, o Ministério da Educação deve, por meio de palestras em escolas públicas com um público alvo composto por alunos mais vulneráveis à sofrer ou praticar bullying, além dos educadores, realizar a abordagem da problemática da violência nas escolas, de maneira didática e elucidativa, com a finalidade de conceder aos indivíduos orientações de prevenção e ação, visando diminuir os casos de bullying e aumentar a segurança dos alunos nas escolas.