Enviada em: 10/07/2019

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, a questão do combate ao bullying ainda está em debate – o que explicita a ausência de Políticas Públicas para a formação plena do cidadão.       No Brasil, indubitavelmente, existe medida do governo para proporcionar uma vida digna e sem o bullying. Pode-se mencionar, por exemplo, a Constituição Federativa vigente no país, cujo objetivo, dentre outros direitos, é garantir a todo e qualquer cidadão, independentemente de sua natureza, viver de forma justa e coesa, além de promover condições de liberdade de escolha de maneira ética. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.       Contudo, medida como essa não capaz de atenuar, verdadeiramente, os casos de bullying no Brasil, pois, devido aos padrões estabelecidos pela sociedade – que além de possibilitar consequências físicas e psicológicas, pode comprometer planos futuros, o que se observa, são níveis alarmantes de doenças psicossomáticas e depressão, motivados, principalmente, pela falta de informação sobre o assunto. Percebe-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que o bullying no Brasil não será atenuado, enquanto o Estado não pautar a educação na responsabilidade de forma que contribua para o convívio em sociedade, afinal “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, diz o filósofo francês Jean-Paul Sartre.       Depreende-se, pois, que há a necessidade de investimentos no Ensino Básico – o que já é assegurado pela lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, por meio do Ministério da Educação, não só contemple os componentes curriculares de Formação Cidadã e Ética, mas também – em parceria com as escolas- desenvolva em comunidades, palestras e campanhas publicitárias, a fim de apresentar a importância do respeito à diversidade e inclusão social, com a finalidade de não apenas conscientizar, além de instruir e moralizar, e, por consequência atenuar os casos de bullying no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios existencialistas.