De acordo com o filósofo Jean Paul Sartre, a violência é sempre uma derrota, independente da forma pela qual ela se manifesta. No contexto brasileiro, evidencia-se o bullying, que é a realização de atos violentos que prejudicam a saúde psicológica e a integridade física das vítimas. Sendo assim, é indispensável que o bullying seja discutido no meio educacional e na sociedade para que seu combate seja efetivo. Em primeiro lugar, é necessário pontuar que, para ser execrado, o bullying precisa ser constantemente debatido em todos os níveis educacionais do Brasil. Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, a escola possui um papel fundamental na vida do indivíduo, o que gera impacto direto em seu desenvolvimento pessoal e em suas ações. Imerso nessa lógica, é possível afirmar que, ao inserir o bullying nas discussões escolares, evidenciando suas graves consequências e formas de denunciá-lo, o cidadão brasileiro será conscientizado sobre o assunto e, como consequência disso, não perpetuará as ações violentas e irá contribuir para a proteção das vítimas. Desse modo, o bullying será notoriamente enfraquecido no país. Em segundo lugar, também é importante ressaltar a relevância de manter a sociedade consciente sobre o bullying, visto que, apesar de a escola desempenhar uma função essencial, as famílias também possuem cargos no combate ao bullying. Para o filósofo Emile Durkheim, o indivíduo é moldado a partir das instituições sociais que o circundam, sendo a família a principal determinadora do comportamento e das opiniões do indivíduo. Tendo isso em vista, pode-se inferir que as campanhas anti-bullying devem atingir a grande massa e incentivar a discussão no meio familiar sobre o bullying pois, assim, os indivíduos não irão apresentar comportamentos que favoreçam essa prática. Dessa forma, o combate ao bullying será eficaz e o mesmo será execrado do Brasil. Diante do exposto, é evidente que o bullying precisa ser combatido no país e, para isso, medidas específicas são necessárias. Portanto, cabe ao Ministéirio da Educação, como responsável pela área educacional do país, tornar obrigatória a discussão semanal sobre o bullying nas salas de aula, do nível básico ao superior, por meio de uma determinação na Base Nacional Comum Curricular, a fim de incentivar a empatia e a denúncia desses casos e, assim, diminuir o bullying. Ademais, o Governo Federal deve divulgar campanhas anti-bullying, que indiquem como debater o assunto com os familiares, por intermédio de redes sociais, palestras e mídias televisivas, com a finalidade de estimular a família a atuar contra o bullying. Feito isso, o Brasil não sofrerá uma das derrotas mencionadas por Sartre.