Enviada em: 02/08/2019

No cenário sociocultural brasileiro, o bullying ainda é recorrente e traz graves complicações para a vida dos envolvidos, configurando-se assim como um problema de saúde pública. É notório que a carência de bases educacionais sólidas e a intolerância presente na sociedade, constituem causas principais dessa mazela. Consequentemente, tem-se o desenvolvimento de diversos traumas psicossomáticos, que vão do isolamento social ao suicídio. Dessa forma, intervenções são necessárias.      Em primeira instância, é necessário analisar que essa intimidação sistêmica, tem como causa diversos fatores sociais e educacionais. É perceptível a deficiência estrutural que as escolas brasileiras possuem para combater o bullying, já que muitas delas não possuem profissionais especializados atuando e nem projetos que visem a diminuição dessa questão. Atrelado a isso, tem-se a intolerância enraizada na sociedade, que gera questões de preconceito e desrespeito, refletindo assim no comportamento das crianças e adolescentes. Com isso, fica claro que a luta contra esse entrave deve começar na construção de bases sólidas e educativas para esses indivíduos.      Em segunda instância, é importante salientar que esse discurso de ódio acarreta consequências graves tanto para a vítima, quanto ao agressor. Nota-se  que a série da Netflix "Os 13 porquês", demonstra ao meio social as complicações que o bullying gera, pois os envolvidos podem desenvolver traumas psicológicos e doenças como a depressão, isolamento social, evasão escolar e até mesmo suicídio. Além disso, essa agressão e a violência que ela transmite, podem resultar também em episódios bárbaros de vingança, como ocorreu em Suzano, na grande São Paulo, no primeiro semestre de 2019. Desse modo, precisa-se que essa questão de saúde pública seja combatida, para que casos como esse sejam evitados.      Portanto, é possível inferir que a desestruturação educacional e a intolerância social, contribuem para o aumento do bullying, mazela que traz grandes efeitos lesivos aos jovens. Por conseguinte, é necessário que as escolas, em parceria com as famílias e apoiadas pelo Ministério da educação, promovam a criação de projetos pedagógicos, com uma equipe de profissionais especializados, por meio de palestras, jogos e peças teatrais, para instruir os alunos e pais sobre as consequências desse problema, como identificá-lo, como o combater, denunciar e evitar, assim as crianças e adolescentes possuirão apoio concreto nessa luta. É importante também que a mídia, em parceria com ONGs e marcas digitais, abordem a temática com mais frequência, por meio de propagandas, vídeos em plataformas online e campanhas em redes sociais, para estimular a denúncia e a participação dos responsáveis nesse combate. Dessa maneira, esse entrave atingirá menores proporções.