Enviada em: 11/01/2019

O filme "Rio", dirigido por Carlos Saldanha, retrata os maus-tratos às aves que são submetidas ao comércio ilegal de animais silvestres, de modo que a quase extinção da arara-azul na natureza torna o animal dependente do ser humano. Em paralelo com a ficção, hodiernamente, o Brasil apresenta uma crise para solucionar a problemática do comércio ilegal de animais silvestres. Nessa conjuntura, a ambição humana e a ineficiência de algumas leis são as principais causas desse impasse.         De fato, o comércio ilegal de animais está cada vez mais presente no território nacional. De acordo com dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS), estima-se que, por ano, 38 milhões de animais são retirados de seu habitat natural, e muitos são comercializados em território nacional ou internacional. Nesse contexto, nota-se que a persistência do tráfico de animais tomou um viés econômico, o que evidencia a ambição humana.     Paralelamente, vale ressaltar que a Lei 5.197 de 1967 assegura proteção e proíbe quaisquer formas de caça e comércio de animais silvestres. No entanto, mesmo após 52 anos, o tráfico de animais silvestres persiste e comprova que o ideal está distante da realidade. Consoante a isso, as leis que não são severas para quem comete o crime, permite que o comércio ilegal de animais seja um impasse frequente na sociedade brasileira. Nessa linha de raciocínio, torna-se relevante ressaltar que Arthur Schopenhauer afirmou que "o homem fez da terra um inferno para os animais".           Diante dos fatos supracitados, nota-se que o comércio ilegal de animais silvestres tem se tornado um assunto em pauta no Brasil. Para resolver tal impasse, cabe ao Ministério do Meio Ambiente criar um sistema eficiente de fiscalização nas florestas brasileiras, com o apoio do Ibama e das forças militares, a fim de combater os traficantes e caçadores, por meio do uso de tecnologias que facilitem investigações, como programas de monitoramento por satélites, além da aplicação de multas e penas rigorosas para quem infringir as leis. Ademais, compete ao Poder Legislativo aumentar a punição àqueles que caçam e traficam os animais, através da criação ou reforma de algumas leis, com o intuito de inibir qualquer ameaça à biodiversidade do Brasil. Dessa forma, o comércio ilegal de animais silvestres não será mais um problema no país.