Enviada em: 26/05/2017

O Brasil é reconhecido pela sua rica biodiversidade, a qual acaba por atrair atividades clandestinas para o território nacional. Dentre estas, está o comércio ilegal de animais silvestres que estimula a caça sem precedentes com o intuito de arrecadar dinheiro fácil por meio do tráfico. Contudo, vários morrem nas viagens e os que são salvos sofrem com a falta de suporte adequado. Desse modo, se esta prática não for combatida a extinção será inevitável.   Hoje, mais de 38 milhões de animais são capturados por ano de acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS). Isso deve-se a necessidade de alimentar o mercado, destinando muitas vezes fins cruéis aos bichos, com a retirada de sua pele ou como cobaias. Todavia, a maioria morre antes de chegar ao destino devido as agressivas condições de transporte a fim de os traficantes passarem despercebidos pela fiscalização. Apesar de muitos conseguirem, alguns são presos em flagrante, mas recorrem a fiança e logo são liberados. Dessa forma, com a ação gananciosa dos homens, as florestas brasileiras tão exaltadas na 1ª geração romântica vão ficando cada vez mais pobres.   No entanto, os poucos animais que são resgatados sofrem com a retomada ao seu habitat natural, estes são levados à centros de triagem que não possuem recursos e infraestrutura suficiente para acolhê-los como se deve, fazendo com que o retorno seja ainda mais doloroso. Também, os filhotes que não conseguiriam viver sozinhos são levados a centros de reabilitação e tratados, porém poucos voltam a ser livres, já que são criados em cativeiro e sua retomada poderia resultar em relações desarmônicas. Não obstante, os animais selvagens terem sido resgatados levarão vidas como bichos de estimação.     Em suma, fica evidente que o combate ao comércio de animais existe, embora sejam insuficientes para acompanhar o ritmo do tráfico. Dessa maneira, é preciso de melhoria nas fiscalizações das estradas pela Polícia Federal para coibir os traficantes e tornar as leis existentes mais severas. Também, a sociedade pode cooperar não comprando animais sem  autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), bem como artesanatos feitos de animais. Outrossim, a mídia pode ajudar em conjunto com ONG'S a desenvolver campanhas de conscientização para  a sociedade tomar ciência do quanto pode ser prejudicial para as florestas e denunciar essa prática, talvez assim num futuro próximo não precisemos lamentar a falta da nossa rica biodiversidade.